
Do lado de fora, dezenas de policiais que come�ariam seus turnos na manh� de hoje aguardam na cal�ada.
As manifestantes cobram o pagamento de horas extras do segundo semestre de 2016, incluindo as dos Jogos Ol�mpicos e Paral�mpicos. O governo do estado tamb�m deve aos policiais o pagamento do d�cimo terceiro sal�rio e de pr�mios por cumprimento de metas.
"A gente s� vai sair quando pagarem tudo que prometeram. A gente n�o quer nada absurdo, s� o que eles est�o devendo", disse a mulher de policial militar que n�o quis se identificar. "Meu marido tem que pegar dinheiro comigo para ir trabalhar. O cart�o de cr�dito dele eu j� nem sei mais como est�, virou uma bola de neve". Segundo a mulher, o protesto tem recebido apoio da popula��o: todos os mantimentos consumidos no acampamento s�o doados.
Um policial que n�o quis se identificar disse que � casado com uma policial militar e que a fam�lia tem sofrido com o atraso dos dois pagamentos. "O que tem me sustentado � a minha esposa vendendo cosm�ticos. Eu nunca imaginei que fosse passar por isso tendo tr�s filhos."
Na porta do 6º Batalh�o de Pol�cia Militar, na Tijuca, tr�s mulheres controlam a entrada e sa�da de militares e viaturas. Sem se identificar, elas disseram que fizeram um acordo com o comandante do BPM para permitir que um efetivo m�nimo policie as ruas da regi�o.
"Para garantir a seguran�a da Tijuca e da Grande Tijuca, um efetivo m�nimo de policiais est� nas ruas, com policiais equipados", informou uma das mulheres dos policiais. "N�o vamos sair daqui enquanto as reivindica��es n�o forem atendidas."
As manifestantes, que dizem ter apoio da popula��o, est�o revistando os policiais e os carros que deixam o batalh�o, para impedir que saiam com fardas e armas escondidas.
"Eles falam que a causa � justa e que o policial n�o pode ser tratado como � tratado", relatou uma delas, que enumerou problemas como a falta de coletes � prova de bala. "O policial hoje n�o faz concurso pra ser PM, faz concurso para ser alvo de bandido."