
Em audi�ncia realizada na quarta-feira, no Tribunal de Justi�a do DF e dos Territ�rios (TJDFT), o professor foi indiciado pelo crime previsto no Artigo 232 do Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA), em que a pena � de seis a dois anos de deten��o para quem submeter crian�a ou adolescente, sob sua autoridade, a vexame ou constrangimento. Entretanto, os promotores ofereceram a possibilidade dele pegar R$ 900 para uma institui��o beneficente, que ser� escolhida pelo MPDFT. Caso ele n�o cumpra a medida, o juiz extinguir� o feito, e Jordenes n�o poder� receber o mesmo benef�cio nos pr�ximos cinco anos se vier a se envolver em novo delito.
Apesar do processo criminal, Jordenes ainda ocupa cargo na mesma institui��o, mas, desta vez, como diretor. De acordo com a Secretaria de Educa��o, em novembro de 2016, ele participou da elei��o e venceu a disputa. A pasta informou, ainda, que ele responde a um processo administrativa disciplinar. Se ficar provado que o professor cometeu excessos, ser� aplicada uma puni��o, que varia de suspens�o de at� 90 dias � perda do cargo.
Vers�o do acusado
O caso ganhou repercuss�o ap�s o v�deo que mostra o garoto escondendo o rosto em sala de aula cair nas redes sociais. O perfil do educador no Facebook foi bombardeado de cr�ticas. Em sua defesa, o profissional detalhou � pol�cia que o aluno foi abordado em virtude da indisciplina e n�o pela aus�ncia ou tipo de cal�ado que usava.
Ele relatou, ainda, que os alunos sa�ram para almo�ar e que, na volta para a sala de aula, ele viu o estudante em quest�o chutando uma bola de papel e fita crepe "promovendo uma algazarra e instigando os demais". Jordenes disse ter percebido que o garoto estava descal�o assim que o advertiu. Como, na vers�o do vice-diretor, o menino n�o parou de fazer bagun�a, ele decidiu recolher os chinelos do estudante e recomendou que ele fosse � sua sala para que conversassem e ele devolvesse o cal�ado. Na ocorr�ncia, o professor teria detalhado que "o aluno n�o quis ir � dire��o pegar as sand�lias e que voltou para a sala de aula descal�o".
A m�e do adolescente disse, � �poca, que a crian�a sentia vergonha de ir � escola ap�s o epis�dio. Ela lamentou o caso e disse esperar que, ap�s o desrespeito, situa��es semelhantes venham � tona. "Eu estava em casa quando o conselho tutelar chegou com o meu filho, relatou o acontecido e me levou para a delegacia. L�, ele (o menino) contou que o vice-diretor tomou as sand�lias dele e o fez caminhar, descal�o, pelo corredor", relatou a dona de casa.
Ainda segundo a mulher, o menino pediu os chinelos de volta, mas Jordenes n�o o teria levado a s�rio. "Ele vai com essa sand�lia de vez em quando. Ningu�m nunca disse que era proibido. Fiquei com raiva do que aconteceu. A escola tem meu telefone, mas foi preciso um conselheiro vir aqui em casa para eu tomar conhecimento do ocorrido. Eu nunca tive reclama��o do meu filho. Ele nunca repetiu de ano e tem boas notas", desabafou.