Sem dinheiro para seguir com a opera��o, o parque de divers�es Hopi Hari vai anunciar nesta sexta-feira, 12, que pretende fechar a portas ao p�blico. Em nota que ser� divulgada no final da tarde, o dono do Parque, Jos� Luiz Abdalla, vai destacar que a paralisa��o � uma "pausa para tomar f�lego e voltar com toda a for�a".
Por volta das 13h30 desta sexta-feira, 12, a diretoria do parque convocou uma reuni�o com os funcion�rios para anunciar a paralisa��o. Na nota, Abdalla reclama dos "ataques raivosos" e de "infames reportagens", em uma alus�o � reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no in�cio da semana.
Em abril, o parque teve o fornecimento de energia cancelado por causa de uma conta de R$ 580 mil em aberto com a CPFL. Se n�o levantar R$ 100 mil nesta semana, o novo propriet�rio Jos� Luiz Abdalla ter� de devolver na segunda-feira os geradores alugados justamente para evitar o fechamento das portas.
Para piorar, desde 25 de mar�o o Hopi Hari opera sem cobertura de seguro para acidentes com frequentadores ou eventuais danos aos equipamentos. Abdalla vem batendo na porta das seguradoras, mas n�o encontra uma �nica empresa que encare o risco do neg�cio, tanto do ponto de vista da seguran�a dos brinquedos como da capacidade de pagamento da ap�lice. "A gente n�o tem cr�dito na pra�a", reconhece o empres�rio.
A situa��o � t�o cr�tica que at� o processo de recupera��o judicial, solicitado em 24 de agosto de 2016, est� praticamente paralisado, j� que o parque n�o conta com um profissional que saiba lidar com esse tipo de processo - segundo Abdalla, o �ltimo especializado, o advogado tributarista Julio Mandel, retirou-se por falta de pagamento.
Com tantos problemas, o p�blico sumiu e o parque - que chegou a receber 24 mil pessoas em um �nico dia, no segundo semestre de 2011 - tinha 160 visitantes no s�bado. No dia anterior, uma sexta-feira, foram 20 pessoas.
Alvo de uma investiga��o do Minist�rio P�blico, que apura relatos de que o parque, em diversos dias, conta com poucos brinquedos funcionando, apesar de vender os passaportes normalmente e sem nenhum tipo de aviso aos visitantes, a dire��o do Hopi Hari redobrou os avisos. J� no estacionamento, que cobra R$ 55 por carro, o funcion�rio de uma empresa terceirizada recomenda a aten��o do cliente. "Eu pe�o que todo mundo v� at� a placa l� fora e veja quais os brinquedos que est�o parados. Uns 20% v�o embora direto", diz.
Na bilheteria, que foi aberta exclusivamente para atender a reportagem, mais um aviso. "Voc� quer mesmo entrar? A gente est� s� com esses brinquedos aqui", alerta a funcion�ria, indicando um papel colado no balc�o com 12 atra��es abertas em quase 60 poss�veis - 3 para o p�blico adulto. O passaporte custa R$ 99.