
A mulher acusada de sequestrar um rec�m-nascido no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi presa pela Pol�cia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ela � suspeita de raptar o beb� de Sara Maria da Silva, 19 anos, na ter�a-feira, quando m�e e filho estavam internados na unidade de sa�de. A mulher, identificada como Gesianna Oliveira, � enfermeira, mas n�o se sabe ainda em qual unidade de sa�de ela trabalhava.
A mulher foi presa ainda na manh� dessa quarta-feira.
A Secretaria de Sa�de confirmou que Sara Maria da Silva, 19 anos, e seu beb� rec�m-nascido, Jhony dos Santos J�nior, j� receberam alta hospitalar.
Sara Maria lembrou do caso Pedrinho. “Conhe�o a hist�ria, tive medo de o meu filho demorar a voltar tamb�m”, comentou. Os sinais do cansa�o s� n�o eram maiores que o al�vio de ter o filho nos bra�os outra vez. “Vou guardar esse trauma para sempre”, frisou.
M�e e sequestradora chegaram a conversar. Gesianna esteve no Hran em outras oportunidades. Na sexta-feira, elas travaram um di�logo no corredor onde cinco dias depois aconteceria o crime. “Eu a vi uma vez s�. Ela estava caminhando l� normalmente, at� pensei que trabalhava no hospital. Perguntou se eu estava bem. Respondi ‘mais ou menos’, j� que o Jhony estava internado ainda”, detalhou Sara. A alegria da fam�lia cresceu no in�cio da noite de ontem. A equipe m�dica autorizou a alta de Jhony.
Dalvina ajuda a nora nos cuidados com a crian�a. Em meio � entrevista, ambas pediram ajuda. Jhony n�o tem ber�o nem fraldas. As roupinhas tamb�m s�o poucas. A m�e e o pai, Jhony dos Santos, 20 anos, est�o desempregados. Todos dividem um barraco de madeirite. “Quem puder ajudar vai contribuir muito. Pelo menos o nen�m ter� um conforto maior”, destacou Dalvina. Apesar da dificuldade financeira, Sara garante que o menino ter� muito amor. “Teve isso (o sequestro), que foi ruim, mas ele � uma vit�ria e estamos aliviados por t�-lo conosco.”
Entrevista
Entrevista
Sara Maria da Silva,
19 anos, m�e do beb� sequestrado no Hospital Regional da Asa Norte
Qual foi sua rea��o ao perceber que seu filho havia sido levado do hospital?
Eu quase fiquei doida. Quando entrei no quarto e ele n�o estava l�, a minha vida acabou. Foi como se eu tivesse ca�do de um abismo. Eu s� chorava.
Voc� j� tinha visto ou conhecia a sequestradora?
Eu a vi rapidamente no hospital. Perguntou se eu estava bem e respondi ‘mais ou menos’.
Por que voc� saiu do quarto?
Estava acontecendo um evento para os pacientes. Deixei ele (o beb�) dormindo e fui arrumar o cabelo. Era um local muito pr�ximo do quarto.
Como foi a noite do sequestro? Conseguiu acompanhar as not�cias e a investiga��o?
Chorei muito, foi um desespero. J� n�o tinha mais for�as. N�o queria dormir, mas me deram rem�dio.
O Pedrinho demorou 16 anos a ser encontrado. Passou isso pela sua cabe�a?
Conhe�o a hist�ria, tive medo de o meu filho demorar a voltar tamb�m.
� um trauma que � poss�vel superar?
A gente n�o vai esquecer. Uma coisa dessas se guarda para sempre. Dentro de mim eu queria encontr�-lo, mas n�o sabia se seria poss�vel.
Como vai ser o futuro?
Teve isso (o sequestro) que foi ruim, mas ele � uma vit�ria e estamos aliviados por t�-lo conosco.
O que voc� falaria para a sequestradora?
Isso n�o se faz. N�o desejo essa dor para nenhuma outra m�e.
Qual o seu maior desejo neste momento?
Quero ir para casa com meu filho e seguir minha vida. Meu marido arrumou tudo para receber a gente e n�o deu. Agora, quero receber alta e ir embora.