
O t�tulo n�o se traduz em benef�cios financeiros diretos, mas coloca o Cais do Valongo no mesmo patamar de import�ncia hist�rica de outros patrim�nios mundiais mais conhecidos, como o Campo de Concentra��o de Auschwitz, na Alemanha, e da cidade de Hiroshima, no Jap�o, que foram reconhecidos como locais de mem�ria e sofrimento da humanidade.
O Brasil recebeu cerca de 4 milh�es de escravos nos mais de 3 s�culos de dura��o do regime escravagista, o que equivale a 40% de todos os africanos que chegaram vivos nas Am�ricas, entre os s�culos 16 e 19. Destes, aproximadamente 60% entraram pelo Rio de Janeiro, sendo que cerca de 1 milh�o deles pelo Cais do Valongo.
O t�tulo tem o objetivo de reconhecer a import�ncia do local e dos africanos que l� desembarcavam para a forma��o cultural, social e econ�mica do Brasil. E ainda a sua relev�ncia para toda a humanidade como s�mbolo da viol�ncia que a escravid�o representa.
Candidatura
O Cais do Valongo foi o �nico s�tio inscrito pelo Brasil para concorrer ao t�tulo este ano. A candidatura foi apresentada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) e pela prefeitura do Rio de Janeiro e aceita pelo comit� em 2015.
Na oportunidade, foi apresentado dossi� com detalhes da hist�ria do tr�fico negreiro para o pa�s e o que o trabalho escravo significou para a economia brasileira entre os s�culos 16 e 19. O trabalho, coordenado pelo antrop�logo Milton Guran, tamb�m demonstrou que a import�ncia do s�tio arqueol�gico n�o est� ligada apenas aos afrodescendentes, mas a toda a popula��o brasileira.