Desde 2007, o aeroporto de Congonhas, em S�o Paulo, passou por mudan�as ap�s o acidente com o airbus da TAM e as recomenda��es feitas pelo Centro de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Cenipa). Para aumentar a seguran�a na pista do terminal, foram adotadas v�rias medidas, entre elas a redu��o no n�mero de autoriza��es para pousos e decolagens.
Foi implantada tamb�m uma nova malha a�rea, organizando rotas e hor�rios de voos, al�m do aumento da fiscaliza��o operacional das companhias a�reas. Al�m disso, uma instru��o normativa pro�be pousos e decolagens no aeroporto, quando os sistemas que aumentam o desempenho da frenagem da aeronave (os reversos) estiverem inoperantes. As pistas de pouso e decolagem atualmente t�m grooving.
A Latam Airlines informou que todos os procedimentos da companhia foram aprimorados. “[H� ainda] novas capacidades tecnol�gicas que podem nos apoiar na agilidade de todo o processo de apura��o e atendimento aos familiares”. A companhia informou que as causas do acidente foram informadas pelo Cenipa e que cumpriu as 24 recomenda��es feitas pelo �rg�o para melhoria da seguran�a a�rea. “Muitas dessas recomenda��es j� eram aplicadas pela empresa e foram aprimoradas ap�s o ocorrido.”
De acordo com a Latam, entre as recomenda��es adotadas pela companhia est�o a cria��o de programas para refor�ar a conscientiza��o sobre seguran�a operacional entre todos os funcion�rios, refor�o do procedimento adequado junto � tripula��o em caso da aeronave operar com restri��es no reversor, padroniza��o do treinamento aplicado aos pilotos para estarem familiarizados para atuar na fun��o de copilotos, refor�o nos processos de treinamento para a forma��o e reciclagem de pilotos.
“Um acidente a�reo ocorre por uma conjun��o de fatores. Justamente por isso � t�o importante a an�lise das informa��es e investiga��o por �rg�os competentes, de forma que todo o setor possa entender as hip�teses para o ocorrido, bem como reunir tamb�m aprendizados”, destaca a companhia.
A Infraero informou que a rotina de verifica��o de itens considerados cr�ticos dos aeroportos que ela administra no pa�s, tais como o pavimento, o atrito, a macrotextura da pista, a sinaliza��o e o aux�lio � navega��o a�rea, foram sistematizados e intensificados ap�s o acidente. Em Congonhas, especificamente, foram feitas adequa��es operacionais. As dist�ncias declaradas para decolagem e pouso, que antes eram de 1.940 metros na pista principal e 1.345 na pista auxiliar, foram reduzidas na pista principal para 1.790 metros na decolagem e 1.660 para pouso e, na pista auxiliar, para 1.345 metros na decolagem e 1.195 no pouso, possibilitando assim a implanta��o de uma �rea de seguran�a.
Corpo de Bombeiros
Segundo o coronel Wagner Bertolini Junior, subcomandante do Corpo de Bombeiros de S�o Paulo, ap�s o primeiro acidente com um avi�o da TAM, o Fokker 100, em 1996, a prepara��o dos bombeiros foi aprimorada. A aeronave caiu sobre algumas casas, segundos ap�s decolar de Congonhas. Ao todo, 99 pessoas morreram na trag�dia.
“Depois do primeiro acidente da TAM, a gente veio executando grandes simula��es todo ano”. Em um desses treinamentos, o Corpo de Bombeiros pediu para que uma escola de samba paulista fizesse um avi�o, usado numa simula��o de um acidente, em que a aeronave caiu sobre uma cidade.
Mais treinados, os bombeiros puderam, por exemplo, no segundo acidente, recuperar objetos das v�timas, que ajudaram na identifica��o dos corpos. “A gente buscava com afinco os pertences porque, muitas vezes, era a diferen�a entre uma fam�lia angustiada pela presen�a de algu�m [no local] ou n�o”, explicou.
“A �nica coisa que a gente n�o podia minimizar eram as l�grimas dos familiares. Mas a gente tentou fazer a coisa ser o mais organizada poss�vel e respeitosa para as pessoas que perderam seus entes l�”, disse o coronel.
No pr�ximo dia 3 de agosto, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, ir� apresentar especial sobre os 10 anos do acidente da TAM