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Estado de Minas

Crime organizado alicia at� mesmo militares do Ex�rcito

Os principais alvos dos bandidos s�o os militares tempor�rios que podem chegar at� o primeiro posto de oficial e ficam no m�ximo oito anos de servi�o


postado em 01/09/2017 07:46 / atualizado em 01/09/2017 07:56

(foto: Clique para ampliar a imagem)
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Enquanto o governo reduz em 43% o or�amento das For�as Armadas e baixa a guarda diante da viol�ncia, organiza��es criminosas investem at� mesmo no servi�o de intelig�ncia e cooptam militares das for�as de seguran�a para as fileiras da criminalidade.

Altamente treinados, oficiais t�m acesso profundo aos esquemas de seguran�a, informa��es sobre opera��es e entendem sobre as estrat�gias usadas para reprimir fac��es e gangues que atuam pelo pa�s.
 
Por realizarem opera��es em terra de combate ao narcotr�fico e terem como dever o monitoramento das fronteiras, os militares do Ex�rcito s�o os principais alvos dos aliciadores das organiza��es criminosas.

Al�m das regi�es de divisa com na��es sul-americanas, outros pontos estrat�gicos para o crime no agenciamento de militares s�o as periferias do Rio de Janeiro. Nas comunidades cariocas essa tarefa � ainda mais f�cil, pois os integrantes das For�as Armadas e policiais moram nos locais onde trabalham.

Atualmente o Ex�rcito tem um contingente de 220 mil homens, sendo que 70% desse efetivo � formado por militares tempor�rios. A maior parte s�o de patente mais baixa, como soldados, taifeiros e cabos, que somam 140 mil pessoas.

No entanto, nesses postos, � permitido ao militar chegar at� a patente de 1º tenente, atuando em �reas espec�ficas, opera��es, e tendo acesso a informa��es consideradas sens�veis pelo governo brasileiro.

O ministro da Justi�a, Torquato Jardim, afirma que o problema dos militares que ingressam no crime est� sendo discutido nas reuni�es do governo.

“Os principais alvos desse aliciamento s�o os militares tempor�rios que t�m que deixar o servi�o ap�s os oito anos. Estamos trabalhando para convencer o Congresso e as For�as Armadas para a necessidade de uma For�a Nacional permanente, que absorva esses oficiais que s�o obrigados a deixar as for�as de seguran�a ap�s esse per�odo”, afirmou o ministro.

O crime chega a pagar um sal�rio entre tr�s e quatro vezes maior que o do servi�o p�blico, o que levanta o interesse de profissionais que acabam corrompidos.

Mil�cias


Outro grande problema, de acordo com o ministro, � a forma��o de mil�cias (grupo de policiais que se aliam ao crime), que j� sa�ram do Rio de Janeiro e avan�am pelos estados do Nordeste.

“H� den�ncias escritas, que j� foram enviadas � Pol�cia Federal, do surgimento de mil�cias de pequeno e m�dio portes no Rio Grande do Norte, Para�ba, Cear� e Pernambuco. � preciso conhecer cada uma dessas �reas para saber como ser� feita a repress�o”, completa Torquato.

H� menos de duas semanas, um caso que elenca essa situa��o veio � tona no Rio de Janeiro. O recruta do Ex�rcito, Matheus Ferreira Lopes, de 19 anos, foi preso por policiais da Delegacia de Combate �s Drogas (Dcod) em uma megaopera��o contra o tr�fico de drogas.

Ele � acusado de repassar informa��es sobre os dias e locais das opera��es para os criminosos. Mesmo ocupando um posto menor na hierarquia, Matheus causou um impacto consider�vel nas a��es de seguran�a.

Al�m deste caso, outras mensagens que circularam nas redes sociais antes da opera��o apontam a participa��o de uma oficial e de um paraquedista do Ex�rcito a servi�o do crime.

O coronel Roberto Itamar, do Comando Militar do Leste, ressaltou que apesar de n�o ter o registro de oficiais que vazam informa��es, essa � uma preocupa��o do comando.

“N�o temos informa��es sobre oficiais envolvidos com o crime. Mas � claro que isso � uma preocupa��o nossa. Se isso ocorresse, o preju�zo seria bem maior, por conta das informa��es que s�o repassadas aos oficiais. Qualquer risco deve ser considerado”, afirmou.

Em uma das opera��es, os integrantes do Ex�rcito perceberam que a opera��o havia vazado por conta de um time de futebol amador, que se reunia todo fim de semana para jogar em uma comunidade do Rio. No dia da opera��o, nenhum jogador compareceu � quadra.


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