S�o Paulo, 14 - Somente no Estado de S�o Paulo, entre janeiro e agosto deste ano, pelo menos 63 mulheres foram mortas por seus companheiros. Esses crimes se enquadram como homic�dio com agravante de feminic�dio, que � quando o crime se d� pelo fato de a v�tima ser uma mulher, por ocorrer em ambiente de viol�ncia dom�stica ou por menosprezo da condi��o de mulher ou discrimina��o. O recorde de casos se deu em agosto, quando 12 assassinatos foram registrados no Estado.
Fechando o tr�gico m�s, no dia 27, mais um caso chocante: a estudante de Psicologia Gl�ucia Mercedes de Camargo Machado, de 32 anos, foi morta em Angatuba, interior paulista, esganada pelo companheiro. Ela tinha um filho de 15 anos.
A ju�za Teresa Cristina Cabral Santana, da 2.ª Vara Criminal de Santo Andr�, diz que o Estado de S�o Paulo ainda n�o tem dados que dimensionem quantos s�o os �rf�os do feminic�dio por aqui, mas que o Tribunal tem uma preocupa��o em faz�-lo.
Crime e penas
Desde 2015, com a Lei 13.104, o feminic�dio passou a ser definido como homic�dio qualificado.
Segundo a advogada criminal e professora de Direito Penal da Universidade Mackenzie Patr�cia Vanzolini, a pena para um homic�dio simples � de 6 a 20 anos de reclus�o. A progress�o de regime se d� com 1/6 de cumprimento da pena e o livramento condicional, com 1/3. "Quando o homic�dio � qualificado, a pena � de 12 a 30 anos e ela pode ser aumentada para at� 45 anos", diz.
"O crime ser praticado na presen�a de filhos aumenta a pena de um ter�o � metade - ent�o, uma pena m�xima de 30 pode chegar a 45 anos - e torna-se crime hediondo, o que exige cumprimento de 40% da pena antes de ter a primeira progress�o", afirma a advogada. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Pablo Pereira)