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Estado de Minas

'Aqui n�o � clube de viado, � clube de homem': v�deo mostra caso de homofobia no DF

Caso aconteceu em clube da Associa��o Geral dos Policiais Civis, em Bras�lia


postado em 20/10/2017 17:54


Um rapaz de 20 anos alega ter sofrido homofobia em um clube na Asa Sul de Bras�lia. Ele diz que vai apresentar queixa formal na pr�xima segunda-feira, 23, � Pol�cia Civil (PCDF) e ao Minist�rio P�blico do Distrito Federal e Territ�rios (MPDFT). Um dos diretores da Associa��o Geral dos Policiais Civis (Agepol), no Setor de Clubes Sul, teria expulsado o jovem e um amigo, de 19 anos, ao dizer que o local "n�o aceitava viadagem" (sic).

O v�deo divulgado nesta sexta-feira mostra o homem dizendo aos rapazes que eles estavam desrespeitando o ambiente. Logo depois, ele diz: "Aqui n�o � clube viado n�o, aqui � clube de homem". Em entrevista ao Correio, um outro diretor do clube, Francisco Pereira de Sousa, alegou que os jovens trocavam car�cias �ntimas e por isso teriam sido expulsos. "Um grupo de pessoas nos procurou para dizer que eles estavam cometendo excessos", relatou. Segundo Sousa, os garotos "se sentaram um no colo do outro e se tocaram".

O jovem de 20 anos nega as den�ncias. "N�s apenas nos abra�amos, somos s� amigos", afirmou. Ambos se arrumavam para sair do local, que j� passava do hor�rio de fechamento, quando foram abordados. "Estou chateado com os coment�rios que vejo, porque as pessoas deduzem ou afirmam o que n�o viram. Temos bom senso e sabemos o que devemos ou n�o devemos fazer. Sabemos respeitar o ambiente", declarou o rapaz.

Apesar de nenhum respons�vel pela Agepol ter comprovado qualquer ato que configurasse atentado ao pudor por parte dos rapazes, Sousa defendeu o colega que expulsou a dupla com base em relatos. "Acreditamos que a palavra do denunciante seja verdadeira", disse, sem querer revelar a identidade do acusado. O diretor ainda alegou que o clube "n�o discrimina homossexuais ou heterossexuais". "J� precisei tirar da piscina casais h�teros que namoravam de forma ostensiva. Temos associados de diversas orienta��es", explicou. Ele confirma, ainda, que uma ocorr�ncia sobre o caso foi aberta para ouvir testemunhas e definir se haver� puni��o administrativa ao jovem de 20 anos, que � filho de um policial civil associado.

Em resposta, a PCDF disse que vai apurar os fatos caso chegue algum registro � corpora��o. A Divis�o de Comunica��o (Divicom) afirmou tamb�m que a "institui��o e seus servidores tamb�m seguem a portaria nº 37.982, de 30 de janeiro de 2017, que versa sobre o nome social e a identidade de g�nero das pessoas trans."

Repercuss�o

O caso revoltou o presidente do Conselho Distrital de Promo��o e Defesa dos Direitos Humanos (CDPDDH), Michel Platini, que atuar� no caso. "A resposta do clube � at� pior do que a expuls�o em si", indignou-se. De acordo com o representante, o diretor jamais poderia expulsar os dois com base apenas em den�ncias. "Caso houvesse algum excesso, os dois deveriam receber uma notifica��o oficial, n�o esse constrangimento", aponta. 

Platini informou, ainda, que pedir� a aplica��o da Lei Maninha (2.615/2000). O dispositivo, regulamentado em junho pelo governador Rodrigo Rollemberg, prev� advert�ncia, multa e at� mesmo suspens�o do alvar� de funcionamento de empresas que cometerem discrimina��o baseada em orienta��o sexual ou identidade de g�nero. Um decreto da C�mara Legislativa, editado pela bancada evang�lica, tentou suspender a lei, mas o Tribunal de Justi�a do Distrito Federal e Territ�rios (TJDFT) reverteu a decis�o, no �ltimo dia 4.

Homofobia no DF

Ainda cabe investiga��o no caso na Agepol, mas outros relatos de homo e transfobia no Distrito Federal em 2017 ganharam notoriedade. Em abril, um cobrador de �nibus da empresa Urbis, que faz parte do sistema de transporte p�blico do DF, foi filmado agredindo verbalmente um rapaz homossexual. O homem ofendeu o estudante de Administra��o Maur�cio Martins com frases como "todos os gays t�m problemas mentais".

Tamb�m em abril, outro caso de agress�o homof�bica em �nibus est� sob investiga��o da Decrin. O professor de bal� do Teatro Nacional Yuri Bredis foi atingido com dois tapas no rosto por um homem, n�o identificado, que o xingou de "doente". O agressor conseguiu fugir.


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