
Em pronunciamento em rede nacional de r�dio e televis�o sobre o decreto de interven��o federal na seguran�a do Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer disse que a medida � necess�ria diante da atua��o do crime organizado no estado. O presidente anunciou a presen�a das For�as Armadas nas ruas e comunidades do Rio e disse que os pres�dios n�o ser�o mais “escrit�rios de bandidos”.
“Voc� sabe que o crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. Por isso, decretei hoje interven��o federal na seguran�a p�blica no Rio de Janeiro. Tomo medida extrema porque assim exigiram as circunst�ncias”, disse.
Assim como no an�ncio da medida, feito esta tarde, Temer comparou o crime organizado a “uma met�stase que se espalha pelo pa�s” e disse que o governo dar� respostas “duras e firmes” contra os criminosos e as quadrilhas.
“N�o aceitaremos mais passivamente a morte de inocentes. � intoler�vel que estejamos enterrando pais e m�es de fam�lia, trabalhadores honestos, policiais, jovens e crian�as. Estamos vendo bairros inteiros sitiados, escolas sob a mira de fuzis, avenidas transformadas em trincheiras. N�o vamos mais aceitar que matem nosso presente, nem continuem a assassinar nosso futuro.”
Durante o pronunciamento, Temer tamb�m pediu apoio dos moradores do Rio para que sejam “vigilantes e parceiros” no restabelecimento da ordem no Rio de Janeiro.
O decreto de interven��o federal na seguran�a p�blica do Rio de Janeiro j� est� em vigor, ap�s publica��o em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o nesta sexta-feira. A medida, que foi discutida entre Temer, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pez�o, e os presidentes da C�mara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eun�cio Oliveira, precisa ser avalizada pelo Congresso Nacional.
Veja a �ntegra do pronunciamento do presidente Michel Temer:
“Boa noite. Venho at� voc� para fazer uma importante comunica��o. Voc� sabe que o crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. � uma met�stase que se espalha pelo pa�s e amea�a a tranquilidade de nosso povo. Por isso, decretei hoje interven��o federal na seguran�a p�blica no Rio de Janeiro. Tomo medida extrema porque assim exigiram as circunst�ncias.
O governo dar� respostas duras, firmes e adotar� todas as provid�ncias necess�rias para derrotar o crime organizado e as quadrilhas. N�o aceitaremos mais passivamente a morte de inocentes. � intoler�vel que estejamos enterrando pais e m�es de fam�lia, trabalhadores honestos, policiais, jovens e crian�as.
Estamos vendo bairros inteiros sitiados, escolas sob a mira de fuzis, avenidas transformadas em trincheiras. N�o vamos mais aceitar que matem nosso presente, nem continuem a assassinar nosso futuro.
A interven��o foi constru�da em di�logo com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pez�o. Nomeei interventor o comandante militar do Leste, general Walter Souza Braga Netto, que ter� poderes para restaurar a tranquilidade do povo. As pol�cias e as For�as Armadas estar�o nas ruas, avenidas, comunidades. Unidos, derrotaremos aqueles que sequestram a tranquilidade do povo em nossas cidades. Nossos pres�dios n�o ser�o mais escrit�rios de bandidos, nem nossas pra�as continuar�o a ser sal�es de festa do crime organizado. Nossas estradas devem ser rota segura para motoristas honestos, n�o vias de transportes de drogas ou roubo de cargas.
A desordem � a pior das guerras. Come�amos uma batalha cujo o caminho � o sucesso. E contamos com todos os homens e mulheres de bem ao nosso lado, apoiando, sendo vigilantes e parceiros nessa luta.
J� resgatamos o progresso e retiramos o pa�s da pior recess�o de nossa hist�ria. � hora de reestabelecer a ordem. E a manuten��o da ordem foi o fundamento constitucional para a interven��o, tal como prescreve o Artigo 34 da Constitui��o Federal. Unidos, traremos seguran�a para o povo brasileiro. Obrigado pela aten��o. Boa noite. Que Deus nos aben�oe”.