
Rio de Janeiro - A arquiteta M�nica Tereza Ben�cio, companheira da vereadora Marielle Franco, prestou depoimento nesta ter�a-feira, 20, na Divis�o de Homic�dios do Rio. Muito abalada, ela chegou cercada de amigos e n�o quis dar entrevista.
"A fam�lia toda est� dilacerada", disse o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que tamb�m esteve na delegacia.
Uma assessora da vereadora tamb�m prestou depoimento. Outros funcion�rios do PSOL, amigos e parentes de Marielle dever�o ser chamados a depor nos pr�ximos dias. Nesta fase da investiga��o, a pol�cia tenta estabelecer poss�veis motivos para o crime. Freixo voltou a afirmar que Marielle n�o sofreu amea�as.
"Nossa ansiedade � muito grande, nossa ang�stia maior ainda; o crime contra Marielle � um crime contra a democracia e precisa ser esclarecido porque pode estar colocando v�rias outras pessoas em risco", disse Freixo, ao deixar a delegacia. "Mas � claro que h� um tempo para que isso aconte�a, temos que ter calma, a investiga��o est� sendo feita, a prioridade � grande, o di�logo entre a fam�lia, a equipe e a pol�cia � fraterno. Mas n�o podemos achar que o caso vai ser resolvido no tempo da nossa ang�stia."
Pistas
At� a manh� desta ter�a-feira, o Disque Den�ncia j� havia recebido 39 notifica��es referentes aos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Todas elas est�o sendo checadas. A pol�cia buscava tamb�m os registros das liga��es telef�nicas feitas no dia do crime, no trajeto percorrido pelos assassinos nos minutos que antecederam o crime. Na regi�o h� 26 antenas telef�nicas de cinco operadoras.
Freixo n�o prestou depoimento. Apenas acompanhou as depoentes. O deputado afirmou que todos do partido est�o � disposi��o da pol�cia para ajudar nas investiga��es.
"A pol�cia vai ouvir quantas pessoas quiser ouvir", disse Freixo. "Porque a pessoa pode achar que n�o sabe de nada importante, mas pode saber de algo que � importante na investiga��o."
(Roberta Jansen)