
Bras�lia - A irm� da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) cobrou nesta quinta-feira, 22, que a pol�cia desvende o assassinato da irm� e do motorista dela, Anderson Gomes, executados a tiros na semana passada na capital fluminense. Em declara��o � imprensa ap�s participar de sess�o solene do Dia Internacional do Direito � Verdade na C�mara dos Deputados, Anielle Franco disse acreditar que a irm� n�o foi morta pelas causas que defendia.
"Nossa fam�lia urge por Justi�a. Que as autoridades competentes consigam descobrir o porqu� disso, por que calarem minha irm�. Por qu�? (...) Quero entender por que fizeram isso com ela. Pelas causas que ela defendia? Acho que n�o. Porque se fosse assim muita gente era para estar morta hoje em dia", afirmou Anielle. "Independente de posi��o pol�tica, ningu�m merece morrer como ela morreu", acrescentou.
Anielle disse que a fam�lia est� muito "sentida" com mentiras sobre a vereadora que, segundo ela, est�o sendo propagadas. "Muita coisa sendo dita que n�o � verdade. Toda vez que falo: vou dar s� uma declara��o, sinto uma necessidade muito grande de falar para voc�s que, em nome da fam�lia, a gente est� muito sentido. A gente est� muito perdido com tudo isso", declarou a Anielle.
O PSOL ingressou com representa��o no Conselho de �tica da C�mara contra o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), sob acusa��o de que ele quebrou o decoro parlamentar por ter divulgado informa��es falsas sobre Marielle. Na sexta-feira, 16, ele publicou no Twitter um coment�rio em que apontava suposta rela��o entre a vereadora e uma organiza��o criminosa. A postagem foi removida de seu perfil no domingo, 18, ap�s protestos dos internautas.
"A gente quer dizer que o Brasil precisa e necessita que esse crime seja esclarecido. Isso n�o pode ficar impune, enquanto muitos outros j� ficaram impune, esse n�o pode. N�o � porque � minha irm�. N�o � isso. N�o quero colocar ningu�m no pedestal. Quero dizer que foi uma covardia, uma barbaridade", afirmou Anielle. "A gente quer dizer que quem fez acordou um gigante, um gigante que talvez estava adormecido, mas que a gente vai seguir na luta".
Tamb�m presente na sess�o solene na C�mara, a companheira de Marielle, M�nica Ben�cio, tamb�m cobrou resposta da pol�cia em r�pido discurso na tribuna da Casa. "As autoridades brasileiras competentes n�o devem s� a mim a satisfa��o sobre o que aconteceu com a minha mulher, porque isso n�o vai trazer ela de volta, mas ao mundo o respeito e satisfa��o do que aconteceu nesse crime b�rbaro", afirmou. "A luta dela n�o terminou com a morte dela", disse.
(Igor Gadelha)