O promotor � frente do caso, Douglas Chegury, afirma que a rela��o de ve�culos foi encontrada na casa de um dos suspeitos de envolvimento com o esquema, o secret�rio da C�ria de Formosa, Guilherme Frederico Magalh�es. Ele foi preso durante a opera��o, no entanto, a Justi�a n�o decretou a pris�o tempor�ria dele. Guilherme ficou preso por cinco dias e saiu do Pres�dio de Formosa na sexta-feira (23/3).
"A suspeita � de que os ve�culos eram vendidos e o dinheiro n�o entrava de volta nos cofres da Igreja. Al�m disso, eles continuavam registrados no nome da C�ria", explica Chegury. At� a �ltima atualiza��o desta reportagem, a investiga��o havia identificado esse tipo de atividade em apenas um dos carros.
Chegury diz que solicitar� o apoio do Departamento de Tr�nsito de Goi�s (Detran-GO) para identificar a localiza��o e os modelos dos autom�veis. "Precisamos saber se esses ve�culos ainda est�o sendo usados pela Igreja ou se foram vendidos a terceiros. Al�m disso, precisamos saber o motivo dos supostos compradores n�o terem feito a transfer�ncia de posse", comenta. Como os ve�culos est�o vinculados ao nome da Igreja, eles ficam isentos de impostos.
Habeas corpus
Nessa ter�a-feira (27/3), o bispo dom Jos� Ronaldo Ribeiro e o juiz eclesi�stico Tiago Wenlcescau tentaram o segundo pedido de habeas corpus. Anteriormente, o Superior Tribunal de Justi�a (STJ) j� havia negado a an�lise do pedido dos r�us. A defesa encaminhou a solicita��o ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aguarda an�lise.
Outros seis denunciados tamb�m tiveram o pedido de habeas corpus negados pelo Tribunal de Justi�a de Goi�s (TJGO). Continuam presos o monsenhor Epit�cio Cardozo Pereira, vig�rio-geral da Diocese de Formosa; os padres Moacyr Santana, p�roco da Catedral Nossa Senhora Imaculada Concei��o de Formosa; M�rio Vieira de Brito, p�roco da Par�quia S�o Jos� Oper�rio de Formosa; Waldson Jos� de Melo, p�roco da Par�quia Sagrada Fam�lia de Posse (GO), e os empres�rios Ant�nio Rubens Ferreira, e Pedro Henrique Costa Augusto, apontados como laranjas da quadrilha.
Investiga��o
A Opera��o Caif�s, do Minist�rio P�blico de Goi�s (MPGO), resultou na pris�o de nove pessoas acusadas de desviar dinheiro de par�quias vinculadas � Diocese de Formosa. At� o momento, os investigadores dizem ter comprovado a compra de uma fazenda de gado em Formosa, uma lot�rica em Posse (GO), duas caminhonetes, joias e moedas estrangeiras. Os itens est�o avaliados em ao menos R$ 1,4 milh�o. Durante a execu��o dos mandados, agentes apreenderam R$ 156 mil em esp�cie - R$ 8 mil em moeda estrangeira. Os rel�gios de marca encontrados est�o sendo avaliados para estimar o valor de cada pe�a.
Por causa do esc�ndalo, o papa Francisco ordenou a abertura de uma investiga��o por parte da Igreja Cat�lica brasileira. O MPGO entregou uma c�pia do inqu�rito � Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A apura��o da Santa S� n�o tem prazo. No entanto, admite o afastamento imediato e a expuls�o, caso seja comprovada a culpa, de dom Jos� Ronaldo Ribeiro. Para manter as atividades da Igreja na regi�o e tranquilizar os fi�is, Francisco nomeou o arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, administrador apost�lico da diocese de Formosa. Ele assumiu a fun��o na quinta-feira. Ao Correio, disse estudar uma auditoria p�blica nas contas da diocese de Formosa.