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Estado de Minas

M�e de meninos estuprados e mortos no Esp�rito Santo � presa em Minas

Crime ocorreu em Linhares, quando as crian�as morreram em um inc�ndio. Segundo a pol�cia, havia um mandado de pris�o preventiva contra ela


postado em 20/06/2018 11:11 / atualizado em 20/06/2018 16:45

(foto: Alex Eler/TV Alterosa Leste)
(foto: Alex Eler/TV Alterosa Leste)

A Pol�cia Militar (PM) prendeu nesta quarta-feira (20) a pastora Juliana Pereira Salles Alves, m�e dos meninos Joaquim Salles, de 3 anos, e Kau� Salles, de 6. Em abril, as crian�as morreram carbonizadas dentro do quarto onde dormiam em Linhares, no Esp�rito Santo. A per�cia da Pol�cia Civil do estado concluiu que o crime foi cometido pelo marido de Juliana, o tamb�m pastor George Alves, que teria estuprado e agredido os meninos antes de colocar fogo nos dois corpos. O menino mais novo � filho biol�gico do homem, que est� preso. Ainda n�o h� informa��es sobre o envolvimento da mulher no caso.

Juliana foi presa pela PM em Te�filo Otoni, no Vale do Mucuri. Segundo a Pol�cia Civil mineira, havia um mandado de pris�o preventiva contra ela. Por meio de nota, a corpora��o da cidade mineira explicou que as dilig�ncias come�aram quando militares de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, receberam informa��es do mandado e foram alertados de que ela poderia estar na cidade por possuir parentes e amigos l�.



Eles tentaram localiz�-la durante toda a ter�a-feira, quando foram informados de que ela estaria em Te�filo Otoni, para onde seguiram e, em conjunto com militares do 19º Batalh�o, conseguiram localizar e prender Juliana. A pastora foi apresentada � Pol�cia Civil de Te�filo Otoni e ser� levada para o Esp�rito Santo, onde foi expedido o mandado de pris�o. O em.com.br tentou entrar em contato com o Tribunal de Justi�a do estado vizinho, mas at� a publica��o da mat�ria as liga��es n�o haviam sido atendidas.

O crime ocorreu na madrugada de 21 de abril, na casa onde a fam�lia morava. "Naquela noite, o investigado molestou as duas crian�as mantendo o ato libidinoso e o coito anal. Isso � demonstrado tecnicamente pelo encontro de uma subst�ncia chamada de PSA, que � contida no sangue humano. Ela foi encontrada no orif�cio anal das duas crian�as. Essa subst�ncia n�o poderia estar no local se n�o fosse pela a��o de um agente externo", disse o delegado Andr� Jaretta no m�s passado. O inqu�rito foi divulgado em 23 de maio.

O suspeito era o �nico que estava na casa na hora em que o local pegou fogo. A m�e das crian�as, Juliana Salles, estava em um congresso em Minas Gerais com o filho mais novo. Alves contou para a pol�cia que estava dormindo e acordou ouvindo os gritos das crian�as pela bab� eletr�nica. O fogo j� estaria muito alto e tomado todo o quarto.

Ele ainda afirmou que entrou no quarto em chamas para salvar os meninos, mas n�o conseguiu. Ele contou que chegou a ouvir o choro de Joaquim e Kau�, e que teria queimado at� os p�s, por�m n�o conseguiu resgatar as crian�as. Exames feitos no suspeito n�o encontraram queimaduras.

Na noite ap�s o inc�ndio, Alves e Juliana foram � Igreja Batista Vida e Paz. Antes, ele teria publicado nas redes sociais um convite chamando as pessoas para um encontro no templo religioso. O pastor esteve nos dois cultos e pregou para dezenas de fi�is.

Em um outro momento, imagens de circuito interno de uma lanchonete mostraram Juliana e o pastor lanchando com os amigos. A Pol�cia Civil come�ou uma investiga��o e um juiz decretou segredo de Justi�a do caso. Alves foi preso sete dias depois do crime, por atrapalhar as investiga��es.

Durante esse per�odo foram feitos v�rios exames nos corpos dos irm�os. A casa onde o crime aconteceu passou por quatro per�cias. Peritos encontraram vest�gios de sangue no box do banheiro da casa.

Foram ouvidas testemunhas entre parentes, amigos e fi�is da igreja. A casa da fam�lia se tornou ponto de protestos dos moradores da regi�o que chegaram a colocar velas e cartazes na fachada do im�vel. Os laudos dos exames que comprovam os crimes e os resultados das per�cias ficaram prontos na tarde de 22 de maio.

"Com o prop�sito de ocultar o ato perverso praticado, ele (Alves) praticou ainda viol�ncia f�sica contra as crian�as e isso � comprovado pelo vest�gio de sangue encontrado no box do banheiro, que o exame de DNA comprovou ser de Joaquim. Com as duas v�timas vivas, mas desacordadas, o investigado as levou para o quarto e jogou um l�quido inflam�vel no local e ateou fogo nos irm�os e em todo o quarto, fazendo com que elas fossem mortas por a��o do fogo", afirmou Jaretta.

O secret�rio de Seguran�a Nylton Rodrigues afirmou que os laudos periciais e t�cnicos s�o incontest�veis. Na �poca, ele disse ainda que n�o havia comprova��o da participa��o da m�e das crian�as no crime.

O pastor foi preso no Centro de Deten��o Provis�ria de Viana. Ele foi indiciado pelos crimes de duplo homic�dio triplamente qualificado e duplo estupro de vulner�veis. A soma m�xima das penas pode chegar a 126 anos de pris�o. A defesa de Alves n�o atendeu as liga��es da reportagem na ocasi�o. (Com informa��es Vin�cius Rangel, Especial para O Estado, e TV Alterosa Leste)


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