
"Espero que as pessoas que est�o � frente das investiga��es tenham um compromisso maior com a sociedade e com a fam�lia", cobrou a m�e da vereadora morta, Marinete Silva. O pai, Antonio Silva, diz que tudo o que soube sobre o andamento das investiga��es foi por meio da imprensa. "Estamos sempre esperando que algu�m nos procure, nos d� informa��es, at� para amenizar a nossa dor, para sabermos que est�o investigando e que vamos ter uma resposta satisfat�ria."
A vi�va de Marielle, M�nica Ben�cio, tamb�m se manifestou por meio das redes sociais: "O sil�ncio da n�o resposta �s perguntas #QuemMatouMarielle #QuemMandouMatarMarielle n�o fere s� a minha alma, mas a de 46.502 eleitores de Marielle, a todas as mulheres, a popula��o negra, LGBTI, favelada e perif�rica. Fere a todo brasileiro e brasileira que acredita e sonha que esse ainda pode ser um pa�s melhor e mais justo para todos. Fere sobretudo a nossa democracia que n�o pode aceitar essa barb�rie. A n�o resposta ao assassinato de Marielle fere o mundo nos olha chocado com o terror cometido na noite de 14 de mar�o."
"� compreens�vel que a investiga��o corra sob sigilo", diz a diretora de Pesquisas da Anistia Internacional, Renata Neder. "Mas o sigilo das investiga��es n�o pode ser confundido com o sil�ncio das autoridades. � importante que as autoridades venham � p�blico prestar esclarecimentos." Diante da falta de informa��es, a Anistia Internacional reivindica um mecanismo externo e independente para monitorar a apura��o do crime.
Procurados pela reportagem, a Pol�cia Civil e o Gabinete da Interven��o Federal preferiram n�o falar do caso. A Secretaria de Seguran�a P�blica foi a �nica que se manifestou: "A assessoria de comunica��o n�o vai divulgar informa��es sobre a investiga��o, que est� sob sigilo", afirmou, por meio de nota.
(Roberta Jansen)