Em palestra intitulada "�leo de Coco e outros Erros Nutricionais", na Universidade de Freiburg, onde ela dirige o Instituto para Preven��o e Epidemiologia de Tumores, Karin diz que o produto "� uma das piores coisas que algu�m pode comer".
Segundo ela, o �leo de coco � mais perigoso que banha por conter quase exclusivamente �cidos graxos saturados, que aumentam os n�veis de colesterol (o ruim e o bom) e poderiam entupir as art�rias coron�rias.
Ela ecoa as diretrizes da Associa��o Americana do Cora��o (AHA, na sigla em ingl�s), atualizadas no ano passada, que tamb�m recomendam que as pessoas evitem gordura saturada, como a encontrada no �leo de coco.
A apresenta��o em alem�o foi traduzida para o ingl�s pelo site Business Insider e foi citada pelo The New York Times. O jornal americano lembrou, por�m, que, apesar de muitos especialistas serem c�ticos a respeito da alta popularidade do �leo de coco, propagandeado como comida saud�vel ou superalimento, eles n�o chegam a ser t�o dram�ticos quanto a pesquisadora.
Outros cientistas mencionados pelo peri�dico apontam que ainda n�o existem dados cient�ficos que mostrem que seu consumo traga benef�cios, enquanto, por outro lado, ainda existem recomenda��es do governo americano para que se reduza o consumo de gordura saturada a fim de evitar problemas card�acos.
Esse, no entanto, � um assunto que vem sendo palco de controv�rsia nos �ltimos anos, com v�rias outras pesquisas criticando as evid�ncias que apontem para esse risco.
Diante do sucesso do v�deo da pesquisadora alem�, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a Associa��o Brasileira para o Estudo da Obesidade e da S�ndrome Metab�lica (Abeso) tamb�m divulgaram um posicionamento sobre o assunto:
"Considerando que n�o h� qualquer evid�ncia nem mecanismo fisiol�gico de que o �leo de coco leve � perda de peso. Considerando que o uso do �leo de coco pode ser delet�rio para os pacientes devido � sua elevada concentra��o de �cidos graxos saturados, a Sbem e a Abeso posicionam-se frontalmente contra a utiliza��o terap�utica do �leo de coco com a finalidade de emagrecimento, considerando tal conduta n�o ter evid�ncias cient�ficas de efic�cia e apresentar potenciais riscos para a sa�de."
As entidades dizem que tamb�m n�o recomendam o uso regular de �leo de coco como �leo de cozinha, devido ao seu alto teor de gorduras saturadas e pr�inflamat�rias. "O uso de �leos vegetais com maior teor de gorduras insaturadas (como soja, oliva, canola e linha�a) com modera��o, � prefer�vel para redu��o de risco cardiovascular."