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Estado de Minas

Mais antigo f�ssil humano do pa�s, encontrado em Minas, est� no Museu Nacional, no Rio

O cr�nio de Luzia, que foi encontrado em Lagoa Santa, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, est� no museu, que � destru�do por um grande inc�ndio


postado em 02/09/2018 21:33 / atualizado em 02/09/2018 23:19

Crânio de Luzia está no museu(foto: Pedro Motta/Esp. EM)
Cr�nio de Luzia est� no museu (foto: Pedro Motta/Esp. EM)
O mais antigo f�ssil humano encontrado no Brasil, a Luzia, est� no Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, que � destru�do pelo fogo na noite deste domingo. O f�ssil foi achado em Lagoa Santa, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, e, depois, encaminhado para o museu. As causas das chamas ainda est�o sendo investigadas. N�o h� informa��es de feridos e quais materiais foram destru�dos.

O cr�nio de Luzia foi encontrado durante uma miss�o franco-brasileira em Lagoa Santa, sob a chancela da Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, Ci�ncia e Cultura (Unesco), entre  1974 e 1976 e concentrou as escava��es principalmente na Lapa Vermelha de Pedro Leopoldo. Foi nessa caverna que a arque�loga Annette Laming Emperaire (1917-1977) encontrou Luzia, cujo cr�nio est� no Museu Nacional, no Rio de Janeiro (RJ).

Em 1998, a primeira mulher da Am�rica, como entrou para a hist�ria, ganhou um rosto e uma hist�ria. Ao fazer o levantamento de cole��es de f�sseis no museu, o antrop�logo Walter Neves, da Universidade de S�o Paulo (USP), fez estudos aprofundados sobre os ossos e providenciou a data��o, que � de 11,4 mil anos.
Museu foi tomado pelas chamas na noite deste domingo(foto: MARCELLO DIAS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADAO CONTEUDO )
Museu foi tomado pelas chamas na noite deste domingo (foto: MARCELLO DIAS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADAO CONTEUDO )

O inc�ndio

Um inc�ndio de propor��es ainda incalcul�veis atingiu, no come�o da noite deste domingo (2), o Museu Nacional do Rio de Janeiro. O pr�dio hist�rico de dois s�culos foi resid�ncia da fam�lia real brasileira e tem um dos acervos mais importantes do pa�s – s�o cerca de 20 milh�es de pe�as.

Dezenas de funcion�rios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acompanham o inc�ndio que desde as 19h30 atinge o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio. Dois andares foram bastante destru�dos e parte do teto desabou. �s 21h45 o fogo permanecia e era combatido por bombeiros de tr�s quart�is.  Uma equipe especializada dos bombeiros entrou no pr�dio por volta das 21h15 para tentar bloquear �reas ainda n�o atingidas pelas chamas e avaliar a extens�o dos estragos. Duas escadas Magirus s�o usadas, e dois caminh�es-pipa se revezam fornecendo �gua para o trabalho dos bombeiros. Uma equipe da Defesa Civil avalia o risco de desabamento do edif�cio.

Ver galeria . 5 Fotos Marcelo Sayão/EFE/direitos reservados/Agência Brasil
(foto: Marcelo Say�o/EFE/direitos reservados/Ag�ncia Brasil )


Quando o fogo come�ou, a visita��o ao museu j� havia sido encerrada e estavam no pr�dio quatro vigilantes, que n�o se feriram. Entre os funcion�rios que, em prantos, acompanhavam o inc�ndio estava o bibliotec�rio Edson Vargas da Silva, de 61 anos, que trabalha h� 43 anos no museu. "Tem muito papel, o assoalho de madeira, muita coisa que queima muito r�pido. Uma trag�dia. Minha vida toda estava a� dentro", afirmou.

Uma parte do acervo n�o fica nesse pr�dio, ent�o est� preservado. Mas o que havia em exposi��o aparentemente foi todo consumido. O Zool�gico do Rio de Janeiro fica bem pr�ximo do Museu Nacional, mas n�o foi atingido.



Hist�ria

Mais antiga institui��o hist�rica do pa�s, o Museu Nacional do Rio foi fundado por D.Jo�o VI, em 1818. � vinculado � Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com perfil acad�mico e cient�fico. Tem nota elevada por reunir pesquisas raras, como esqueletos de animais pr�-hist�ricos e m�mias.

O local foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso de museu, em 1892. O edif�cio � tombado pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan).

No acervo, com cerca de 20 milh�es de itens, h� diversifica��o nas pe�as, pois re�ne cole��es de geologia, paleontologia, bot�nica, zoologia e arqueologia. H�, ainda, uma biblioteca com livros com obras raras. O Museu Nacional do Rio oferece cursos de extens�o e p�s-gradua��o em v�rias �reas de conhecimento. Para esta semana, era esperado um debate sobre a independ�ncia do pa�s. No pr�ximo m�s, estava previsto o IV Simp�sio Brasileiro de Paleontoinvertebrados no local.


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