
O comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Roberto Robadey, disse na manh� desta segunda-feira, 3, que o trabalho de rescaldo do inc�ndio no Museu Nacional deve durar mais de dois dias, por se tratar de um pr�dio hist�rico e de uma institui��o cultural. O fogo come�ou por volta das 19h30 de domingo, 2.
Robadey afirmou que ainda h� peda�os de estruturas penduradas nos tr�s pavimentos, mas que n�o h� ind�cios de desabamentos iminentes. Segundo ele, os profissionais do museu ir�o ajudar no processo de rescaldo para que seja tentada a recupera��o de itens de valor. A poss�vel causa do inc�ndio ainda n�o foi divulgada.

O coronel disse ainda que est�o sendo tomados cuidados especiais para que nem bombeiros nem funcion�rios saiam feridos. Mais cedo, relatou que focos de inc�ndio estavam sendo combatidos � distancia com o uso de mangueiras.
"Se fosse um pr�dio normal, n�o um museu, terminar�amos em dois dias. Mas aqui ser� um processo demorado, lento. Ontem foi um dos dias mais tristes dos meus 33 anos de bombeiro", disse o comandante.
Robadey informou ainda que n�o havia riscos para a visita��o do museu antes do incidente e que por isso nunca foi cogitada a interdi��o do pr�dio, ainda que a condi��o das instala��es n�o fosse a ideal.
O Corpo de Bombeiros informou que o inc�ndio no Museu Nacional queimou por mais de seis horas. Iniciado por volta das 19h30 de domingo, 2, o fogo perdurou at� por volta de 2 horas desta segunda-feira, 3. Ap�s o exaustivo combate das chamas, prejudicado pela falta de �gua nos hidrantes da institui��o, iniciou-se ainda de madrugada o trabalho de rescaldo.

Esta etapa foca no resfriamento das estruturas, que s�o encharcadas para que eventuais focos sejam debelados. Pela manh�, ainda era poss�vel ver fuma�a em alguns pontos. Equipes de cinco quart�is trabalhavam no local, sob o comando de Robadey. Uma poss�vel causa do in�cio do inc�ndio n�o foi divulgada.
O pr�dio � do s�culo 19 e vinha com manuten��o falha havia d�cadas. A fachada � bastante espessa, segundo os bombeiros.
Dois hidrantes, mais pr�ximos, estavam sem carga (for�a) e pedimos para a Cedae (Companhia Estadual de �gua e Esgotos) desviar �gua para c�. Neste momento, temos a garantia que n�o faltar� �gua. H� muito material combust�vel com muita madeira no piso do pr�dio. Al�m disso, h� muito material inflam�vel, muito animal com �lcool e isso fica muito dif�cil para n�s", explicou um oficial dos bombeiros na noite de domingo. S� depois de quatro horas de iniciado o fogo a situa��o da �gua foi normalizada.
Foram convocadas diversas manifesta��es ao longo desta segunda-feira em defesa do museu e da educa��o p�blica, que � vinculado � Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).