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Estado de Minas

Cr�nio de Luzia e outras pe�as de acervo podem estar a salvo em cofres e arm�rios, dizem pesquisadores

A vice-diretora do museu, Cristiana Serejo, estima que ser�o necess�rios, pelo menos, R$ 15 milh�es para iniciar a restaura��o do pr�dio


postado em 03/09/2018 18:54 / atualizado em 03/09/2018 19:05

(foto: Pedro Motta/Esp. EM. )
(foto: Pedro Motta/Esp. EM. )

Pesquisadores do Museu Nacional nutrem a esperan�a de que parte do acervo, justamente pe�as mais raras e valiosas, possa ter sido salva do fogo dentro de cofres e arm�rios de a�o especiais. Entre essas, est� o cr�nio de Luzia, o f�ssil humano mais antigo encontrado no Brasil, com mais de 12 mil anos. Eles reconhecem que o trabalho n�o ser� f�cil, pois o interior do pr�dio ainda est� muito quente e os dois andares superiores desabaram sobre o t�rreo, formando uma grossa camada de cinzas, carv�o, ferros retorcidos e tijolos.

Ver galeria . 28 Fotos Esqueletos de elefante e girafa que já não estavam em exposição por falta de recursos. Twitter/Reprodução/Thaís Mayumi
Esqueletos de elefante e girafa que j� n�o estavam em exposi��o por falta de recursos. (foto: Twitter/Reprodu��o/Tha�s Mayumi )


A vice-diretora do museu, Cristiana Serejo, estima que ser�o necess�rios, pelo menos, R$ 15 milh�es para iniciar a restaura��o do pr�dio. “As pessoas foram de manh� tentar achar a Luzia, mas parece que ela estava em uma caixa e tem muito escombro. A gente n�o sabe se dentro dessa caixa ela possa ter resistido. Tem que haver a per�cia, para liberar o pr�dio e os pesquisadores entrarem de fato e retirar os escombros. A parte l� de tr�s, do departamento de geologia e paleontologia, parece que sobrou alguma coisa”, disse a vice-diretora do museu, Cristiana Serejo.

Segundo ela, alguns departamentos guardavam pe�as mais valiosas dentro de cofres que podem ter resistido �s altas temperaturas. “Existe [esta possibilidade]. A gente vai ter que aguardar. Mas a cole��o de entomologia, de insetos, que ficava no terceiro andar, n�o resistiu. Isto foi uma perda grav�ssima. Estava em arm�rios compactadores, mas como desabaram, foi um impacto muito grande”, afirmou Cristiana.
Dinossauros

Os esqueletos de dinossauros que estavam em exposi��o eram, em sua maioria, r�plicas, segundo o pesquisador Helder de Paula Silva, um dos respons�veis pela cole��o de paleontologia. Grande parte, com maior valor cient�fico, ficava dentro de um arm�rio de a�o compactador, que � fechado e pode resistir a impactos e a altas temperaturas, desde que n�o sejam extremos. “N�s ainda temos esperan�a de que a cole��o tenha se salvado, pois uma boa parte desse material n�o estava na parte que foi mais atingida, que era a da exposi��o, e sim na reserva t�cnica, dentro de arm�rios compactadores. A maioria desses arm�rios estava fechada, no t�rreo, e foi atingida por material que caiu dos andares superiores. Ent�o n�o d� para saber o estado do material que estava l� dentro. Mas temos esperan�a de que alguma coisa tenha sido preservada em condi��es de ainda ser aproveitada”, disse Helder.

Ver galeria . 5 Fotos Marcelo Sayão/EFE/direitos reservados/Agência Brasil
(foto: Marcelo Say�o/EFE/direitos reservados/Ag�ncia Brasil )


Bi�logo, Helder foi um dos primeiros a chegar ao museu, cerca de meia hora depois do inc�ndio come�ar, por volta das 19h30 de domingo (3). Ele ajudou a guiar os bombeiros a entrarem no pr�dio e ficou no local at� as 3h, quando foi para casa. Com apenas duas horas de sono, ele retornou ao pr�dio do museu �s 6h. “O cr�nio de Luzia estava em uma regi�o que foi bem atacada pelo fogo, dif�cil de ser acessada, e n�o conseguimos localizar”, contou H�lder. J� sobre as m�mias eg�pcias, ele considerou que foram totalmente perdidas, com exce��o de uma, que estava em uma sala e que talvez esteja ainda preservada.

O pesquisador e professor Renato Cabral Ramos tamb�m tem esperan�as de encontrar algumas pe�as intactas, que ficaram guardadas dentro de cofres nos departamentos. “Eu estive no departamento junto com um bombeiro para vermos a situa��o. Estava muito quente, com muita fuma�a, o ch�o ainda fumegando. Eu vi que os arm�rios compactadores, de a�o, ainda est�o em p�, com muito entulho em cima. A gente tem esperan�a de que os f�sseis ali dentro possam ser salvos, assim como os materiais que estavam dentro dos cofres”, disse o pesquisador.


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