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Estado de Minas GERAL

Advogada de megatraficantes brasileiros � assassinada no Paraguai

Laura atuava tamb�m na defesa do traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o 'Marcelo Piloto', ligado � fac��o carioca Comando Vermelho


postado em 13/11/2018 20:30 / atualizado em 13/11/2018 20:38

A advogada foi atingida por oito disparos de pistola 9 mm quando saía de uma reunião(foto: Facebook/Reprodução)
A advogada foi atingida por oito disparos de pistola 9 mm quando sa�a de uma reuni�o (foto: Facebook/Reprodu��o)
A advogada argentina Laura Marcela Casuso, de 54 anos, que defendia o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pav�o, foi assassinada a tiros, na noite desta segunda-feira, 12, em Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil. Conforme a pol�cia paraguaia, a morte est� relacionada com a guerra entre fac��es brasileiras para o controle do tr�fico na regi�o.

Laura atuava tamb�m na defesa do traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o "Marcelo Piloto", ligado � fac��o carioca Comando Vermelho e preso no Paraguai desde dezembro de 2017.

A advogada foi atingida por oito disparos de pistola 9 mm quando sa�a de uma reuni�o, no centro da cidade, para atender a um telefonema. Ela foi emboscada quando se preparava para embarcar em seu SUV Range Rover, com placa brasileira do munic�pio paulista de Santana de Parna�ba.

Laura chegou a ser levada para um hospital, passou por uma cirurgia, mas n�o resistiu. Conforme o secret�rio de Seguran�a P�blica de Pedro Juan Caballero, Te�filo Gim�nez, a suspeita � de que os assassinos sejam brasileiros. O crime aconteceu a 400 metros da linha de fronteira e os atiradores estavam a bordo de uma Toyota Hillux que teria sido furtada no Brasil.

Uma das hip�teses � de que a advogada tenha sido morta a mando de um de seus clientes. O Comando Vermelho divulgou recentemente v�deo em que amea�a matar a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Qui�onez, em repres�lia ao tratamento dado a seu l�der, Marcelo Piloto, preso no pa�s desde dezembro passado. Dias antes, o traficante havia declarado que pagava para receber prote��o de um alto oficial da Pol�cia Nacional do Paraguai, o diretor geral de Investiga��es Criminais Alberto Ca�ete. O comiss�rio negou a acusa��o.

Foi a advogada quem organizou a entrevista coletiva em que, da pris�o, o traficante carioca Marcelo Piloto, afirmou ter feito o pagamento de propina a oficiais da Pol�cia Nacional do Paraguai. Considerado um estrategista do Comando Vermelho, respons�vel pelas rotas de drogas e armas, 'Piloto' foi condenado a 26 anos de pris�o pela Justi�a do Rio de Janeiro e teve pedida sua extradi��o para o Brasil.

Pol�cia paraguaia encontrou carro-bomba

Na coletiva, no in�cio deste m�s, o traficante brasileiro tamb�m assumiu crimes que teria praticado no Paraguai, o que seria uma estrat�gia para n�o ser extraditado, j� que teria de responder pelos crimes � justi�a paraguaia. No dia 4 de outubro, com a ajuda da PF brasileira, a pol�cia paraguaia prendeu cinco traficantes que planejavam resgatar 'Piloto'. Semanas depois, um segundo plano de resgate com o uso de carros-bomba levou o Minist�rio P�blico a declarar o preso "terrorista".

Por sua vez, Jarvis Pav�o � apontado pela pol�cia brasileira como um dos maiores fornecedores de coca�na para o Brasil. Preso no Paraguai, ele foi extraditado para o Brasil em dezembro de 2017 e cumpre pena de 17 anos e 8 meses no pres�dio federal de Mossor� (RN). Laura, a advogada argentina falava portugu�s fluentemente e costumava circular pelo Brasil.

Ela teria atuado tamb�m na defesa do traficante Elton Leonel Rumich da Silva, o 'Gal�', de 34 anos, preso em mar�o deste ano, no Rio de Janeiro, com documentos falsos.

Regi�o vive disputa intensa desde 2016

Pav�o e 'Gal�' s�o suspeitos de envolvimento no atentado que matou o megatraficante Jorge Rafaat Toumani, em Pedro Juan Caballero, em junho de 2016, desencadeando uma guerra na fronteira. At� ent�o considerado 'intoc�vel', o chef�o das drogas foi atingido por disparos de metralhadora ponto 50 que estra�alharam seu utilit�rio Hammer blindado.

Ao menos 50 mortes, nos �ltimos dois anos, s�o atribu�das � rivalidade entre as fac��es brasileiras pelo controle da fronteira. Em um �nico dia, 17 de outubro �ltimo, cinco pessoas supostamente ligadas ao tr�fico internacional foram executadas a tiros, em Pedro Juan Caballero e na brasileira Ponta Por�. Uma das v�timas, o piloto brasileiro Mauro Alberto Parreira Esp�ndola, de 58 anos, trabalhou para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, tamb�m preso na penitenci�ria de Mossor�.


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