A ju�za Ros�ngela Rodrigues dos Santos, da Comarca de Abadi�nia, aceitou den�ncia e colocou o m�dium Jo�o Teixeira de Faria, o Jo�o de Deus, no banco dos r�us por viola��o sexual e estupro de vulner�vel. A informa��o foi confirmada pela assessoria do Tribunal de Justi�a de Goi�s nesta quarta-feira.
Jo�o de Deus est� detido no Complexo Penitenci�rio de Aparecida de Goi�nia desde o dia 16 de dezembro, quando se entregou �s autoridades ap�s uma s�rie de den�ncias de abuso sexual. No fim daquele m�s, o Minist�rio P�blico de Goi�s apresentou den�ncia acusando o m�dium de praticar os crimes contra quatro v�timas durante atendimento neste ano.
O processo corre em segredo de Justi�a, mas de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a den�ncia cont�m o depoimento de 19 das 79 mulheres ouvidas pela promotoria de Abadi�nia. O documento descreve dois crimes de viola��o sexual mediante fraude, praticados durante atendimento coletivo, e dois delitos de estupro de vulner�vel, praticados durante atendimentos individuais.
Os nomes das v�timas n�o foram informados pelo Minist�rio P�blico.
Armas
Jo�o de Deus tamb�m � alvo de inqu�rito aberto pela Pol�cia Civil de Goi�s para investigar crime de posse ilegal de arma ap�s cinco armas terem sido encontradas durante a��es de busca e apreens�o em sua resid�ncia, em Abadi�nia (GO), cidade onde fazia os atendimentos espirituais. Um rev�lver com a numera��o raspada e muni��es, incluindo estrangeiras e uma exclusiva para uso militar, foram localizados no local.
No dia 21 de dezembro, o juiz Liciomar Fernandes da Silva, do TJ-GO, decretou um segundo pedido de pris�o preventiva contra Jo�o de Deus por posse ilegal de armas. A ordem foi revogada pelo magistrado substituto Wilson Safatle Faiad, que concedeu habeas corpus e garantiu ao m�dium a pris�o domiciliar desde que n�o lhe pese nenhuma outra acusa��o para mant�-lo na cadeia. O Minist�rio P�blico recorreu.
Defesa
Com a palavra, o criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende Jo�o de Deus:
"Ainda n�o fui cientificado da decis�o. De qualquer modo, � importante esclarecer que se trata de uma decis�o provis�ria, sujeita � confirma��o ap�s a apresenta��o da Resposta � acusa��o. Estamos serenos e confiamos na Justi�a."