
A cerca de 40 km abaixo do ponto em que a onda de rejeitos da barragem da Vale encontrou o Rio Paraopeba, uma pequena nascente, limpa, tenta se misturar ao rio e seguir seu curso. Em v�o. O rio virou um tijolo l�quido. Parece chocolate derretido.
A compara��o � de Malu Ribeiro, da SOS Mata Atl�ntica, que lidera expedi��o iniciada ontem para monitorar a qualidade da �gua do rio ap�s o acidente na barragem e trazer pistas sobre impactos ambientais.
O plano da expedi��o, acompanhada pela reportagem, � coletar �gua em v�rios locais a partir do marco zero, onde o rio foi contaminado, e checar as condi��es ao longo de seu curso em dire��o ao S�o Francisco, por 356 quil�metros. A previs�o � de seguir at� a hidrel�trica de Tr�s Marias, j� no S�o Francisco.
H� tr�s anos, Malu e a equipe encararam cen�rio semelhante no Rio Doce, no maior desastre ambiental do Pa�s. "L� o rejeito era mais fino e ficava sobre a �gua, n�o decantava, aqui tomou tudo. � lama mesmo. A corredeira vai movimentando como se fosse uma batedeira de bolo", explica. Outra diferen�a importante, diz, � o local atingido primeiramente, que � de cabeceira. "Aqui a lama ficou depositada em v�rias nascentes que abastecem o Paraopeba. Vai continuar descendo constantemente com a �gua."
O primeiro dia de expedi��o teve coleta em tr�s pontos. An�lises anteriores feitas pelo Estado apontavam que o local tinha qualidade de �gua em n�vel regular. Nesta quinta-feira, 31, j� era ruim. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.