
A popula��o de Suzano, a 57 quil�metros de S�o Paulo, amanheceu nesta quinta-feira (14/3) questionando o por qu� do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em que morreram dez pessoas e h� 11 feridos. A quinta-feira feira ser� um dia de despedidas. Est�o previstos vel�rios e enterros.
A cidade, com mais de 1,3 milh�o de habitantes, se prepara para o luto oficial de tr�s dias e o vel�rio coletivo na Arena Suzano, no Parque Max Feffer. Cinco estudantes foram assassinados pelos atiradores Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, al�m de duas funcion�rias da escola, o tio de um dos respons�veis pelo ataque e duas pessoas que passavam pela rua.
Na sexta-feira (15/3), por orienta��o da prefeitura, os educadores se reunir�o para definir as a��es que ser�o tomadas com os 26 mil alunos das escolas p�blicas municipais. O objetivo � adotar medidas para combater a viol�ncia e o ass�dio moral no esfor�o de estabelecer a cultura de paz.
Assist�ncia
Equipes de psic�logos v�o apoiar o trabalho. Eles se colocaram � disposi��o, ao lado de assistentes sociais, psiquiatras, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, para ajudar os amigos e parentes das v�timas. S� ontem cerca de 200 pessoas passaram pelo local.
Para a Secretaria de Seguran�a P�blica de S�o Paulo, o crime foi meticulosamente organizado. Os jovens atacaram, primeiro, Jorge Ant�nio Moraes, tio de um deles, em uma locadora. Depois, roubaram um carro e sa�ram em disparada na dire��o da escola. No col�gio, eles entraram e partiram para os ataques.
Segundo as investiga��es, os atiradores utilizaram um rev�lver calibre 38, uma besta (esp�cie de arma antiga que se assemelha ao arco e flecha) e uma machadinha. Eles s� pararam quando se viram cercados pela pol�cia e sem sa�da. Neste momento, um dos jovens atirou no outro e depois se matou.
Hist�rico
De acordo com os policiais, Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro estudaram no col�gio, que se transformou em palco da trag�dia. Eles moravam perto de uma das v�timas, que sobreviveu, e pr�ximo � escola.
O secret�rio de Educa��o de S�o Paulo, Rossieli Soares, disse que Guilherme Monteiro estudou no col�gio at� 2017 e n�o havia registro de mau comportamento ou qualquer tipo de dificiuldade. Mas, no ano passado, ele abandonou o col�gio e estava sendo acompanhado para retornar � sala de aula.