
Um adolescente chegou a ser apreendido e levado � Delegacia da Crian�a e do Adolescente (DCA), mas nenhum explosivo foi encontrado no col�gio. Mesmo assim, as aulas foram suspensas no turno matutino e ocorrer�o normalmente � tarde e � noite.
A suspeita partiu de uma apura��o do delegado-chefe da 2ª Delegacia de Pol�cia (Asa Norte), La�cio Rossetto. O respons�vel pela DP informou aos militares sobre a possibilidade de atentado assim que soube da amea�a, �s 4h50.
Mensagens postadas em redes sociais sinalizavam o ataque (veja galeria de fotos abaixo), que poderiam ter a participa��o de quatro estudantes. Ap�s o atentado ter sido descartado, apenas um adolescente, considerado o piv� das amea�as, foi levado � DCA. Ele chegou escoltado � delegacia antes das 9h, usando roupas camufladas e demonstrando tranquilidade. Os respons�veis chegaram logo em seguida e o acompanharam para dentro do pr�dio.
Busca n�o achou explosivos
O Batalh�o de Opera��es Policiais Especiais (Bope) e a Pol�cia Civil mobilizaram representantes especialistas neste tipo de ocorr�ncia e foram at� a escola. V�rias viaturas do Corpo de Bombeiros tamb�m foram deslocadas ao col�gio, quando ainda estava escuro (v�deo abaixo).
A Opera��o Petardo foi iniciada �s 5h30 para procurar e destruir os artefatos, caso eles existissem mesmo. �s 7h, por�m, o Corpo de Bombeiros declarou o fim da opera��o sem que se tivesse encontrado qualquer bomba nas depend�ncias da escola. Um adolescente chegou a ser apreendido pelo envolvimento na amea�a e est� na Delegacia da Crian�a e do Adolescente (DCA).
A movimenta��o deixou educadores, alunos e parentes de estudantes assustados. "Hoje quando minha neta contou das amea�as na internet, eu fiquei horrorizada", disse a aposentada Maria Oliveira, 63 anos. O professor de hist�ria Jos� Jorge, no entanto, ponderou que um incidente do tipo nunca aconteceu no col�gio. "Trabalho aqui h� mais de 20 anos e nunca houve nenhum epis�dio semelhante. S�o alunos tranquilos, com comportamento normal de adolescentes. Essa n�o � uma escola com hist�rico de viol�ncia", disse .
Elogios ao nazismo
Apontado como piv� das amea�as, o aluno levado � Delegacia da Crian�a e do Adolescente foi descrito como quieto em sala de aula, mas simpatizante ao nazismo. "A capa do celular dele � uma su�stica nazista. No Facebook e no Instagram, ele sempre posta coisas relacionadas a Hitler. Isso preocupa muito a gente", disse um estudante.
Um dia depois do massacre de Suzano, em S�o Paulo, o adolescente amedrontou os alunos. "Ele veio com uma jaqueta e uma m�scara, como a que usaram l� (em Suzano). A� ficou com as m�os no bolso e a gente ficou com medo de que ele estivesse armado", contou o mesmo aluno.
Delegacia
Ao todo, quatro jovens participaram das amea�as. Um deles, de 17, foi ouvido pelos policiais da Delegacia da Crian�a e do Adolescente (DCA) j� nesta madrugada, por volta de 1h. Chamou a aten��o do delegado o perfil dos adolescentes envolvidos, j� que a maioria deles possu�a hist�rico de problemas de diferentes tipos. "Um dos ouvidos j� tomou rem�dio controlado, se consultava com psiquiatras, tem marcas de autoflagela��o e j� tentou suic�dio. Outros t�m problemas familiares e citaram que j� sofreram bullying", revelou o delegado-chefe da DCA, Vicente Paranahiba.
Apesar de nenhum dos quatro possuir registro de ocorr�ncia na pol�cia, o jovem apontado como o l�der do grupo j� chegou a agredir a pr�pria m�e, segundo sua irm�, que o acompanhou em depoimento. Na revista na casa dele, nenhum objeto ilegal foi encontrado. "Quando chegou aqui na delegacia, ele disse que as postagens amea�ando a escola eram uma brincadeira, que n�o teria coragem de fazer isso", disse o delegado.
Um dos envolvidos tem 18 anos e ser� ouvido na 2° Delegacia de Pol�cia (Asa Norte). Ele pode responder pelas amea�as e por corrup��o de menores, dependendo do seu depoimento e da conclus�o dos policiais. J� os menores aguardam a decis�o da Justi�a. "Agora n�s vamos continuar ouvindo os envolvidos. Foi instaurado um procedimento e ser� submetido � aprecia��o judicial. O ato pode ser colocado como uma amea�a ou incita��o ao crime, mas isso ser� uma an�lise da Justi�a."
*Estagi�ria sob supervis�o de Humberto Rezende