A emo��o marca o vel�rio da jovem encontrada morta no Lago Parano�. A cerim�nia come�ou por volta das 12h desta quarta-feira (3/4), na Capela 7 do Cemit�rio Campo da Esperan�a, na Asa Sul. Familiares e amigos de Nat�lia Ribeiro dos Santos Costa, 19 anos, se re�nem no lugar para prestar as �ltimas homenagens.
O corpo de Nat�lia foi encontrado na tarde de segunda-feira (1º/4). O principal suspeito do suposto crime � um jovem de 19 anos, morador da Asa Norte. Por duas vezes, ele compareceu � delegacia para prestar depoimento, mas foi liberado. Aos investigadores, ele contou que n�o conhecia a v�tima, no entanto, as afirma��es foram contradit�rias �s imagens do circuito de seguran�a do clube onde eles estavam e de depoimentos afirma��es da fam�lia.
Emocionada, a m�e da jovem, Ediv�nia Ribeiros dos Santos, rezou junto aos amigos e familiares na capela. “Deus � quem vai dar for�a para aguentar, mas quero que todos envolvidos sejam responsabilizados. Justi�a � s� o que resta”, desabafou. Apesar de o caso ainda estar sob investiga��o, Ediv�nia acredita que a filha foi assassinada. “Ele vai pagar. Minha filha partiu para sempre. Por que tanta maldade?”, questionou durante o sepultamento, que teve in�cio �s 15h30.
Cerca de 200 pessoas compareceram � despedida de Nat�lia. Fernanda Pereira, 20, conheceu a amiga no ensino m�dio. “Era s� a gente o tempo todo. Minha amiga se destacava na escrita, era muito inteligente”, emocionou-se. De acordo com ela, a v�tima tinha bom cora��o e cuidava de todos, principalmente nas festas. “Essa hist�ria n�o faz sentido. Faltou uma amizade verdadeira naquele momento”, lamentou. Nenhum dos amigos que estava com ela na festa em que foi vista viva pela �ltima vez compareceu � cerim�nia.
Os presentes no vel�rio estranharam as marcas no rosto de Nat�lia. Uma prima dela, Solange Ribeiro, 39, disse que acompanhou a retirada do corpo no Instituto de Medicina Legal (IML) e viu outros ind�cios que a fez acreditar que a garota foi agredida. “A boca e o nariz estavam pretos, muito diferente de algu�m que se afogou”, afirmou.
Antes da descida do caix�o, outra prima da v�tima, Maria Ribeiro, 32, fez um discurso emocionado, ressaltando caracter�sticas marcantes de Nat�lia como o amor e a alegria � vida e pedido por justi�a. “Queremos que o juiz, o promotor, o delegado falem com a m�e. Que os culpados v�o para a cadeia porque l� merecem estar. Aqui tem uma fam�lia chorando, mas sabemos que Deus vai fazer justi�a. Nat�lia Costa n�o vai para o esquecimento”. Maria utilizou o momento para fazer um apelo � imprensa: “Nos ajudem a desvendar esse mist�rio, porque n�o h� um ponto final. Pedimos que n�o virem a p�gina amanh�”.