
Em coletiva realizada hoje (4) para apresentar o resultado do inqu�rito, o delegado Alexandre Dias disse que o crime foi organizado pelo atirador menor de idade. “O crime foi organizado em 2015 pelo [atirador] menor [de idade], autor direto dos crimes, junto com o outro menor, que foi o autor intelectual. Isso ocorreu em 2015, 2016, at� que o autor intelectual teve um pequeno desligamento de contato com o autor direto dos fatos. E surgiu um terceiro indiv�duo, maior de idade [que participou do massacre]”, explicou o delegado.
“Os tr�s – e isso est� comprovado nos autos – passaram a falar sobre o crime, sedimentar como seria o crime, nos mesmos moldes de Columbine [nos Estados Unidos]. O desejo deles era superar o que aconteceu no crime ocorrido em 1999, [em uma escola] em Columbine”, disse o delegado. “A partir de meados de 2018, eles passaram a ideia para o plano concreto, ou seja, passaram � aquisi��o de objetos, da arma e de muni��es para a execu��o do crime”, disse.
De acordo com o delegado, a arma utilizada no crime foi obtida com um mec�nico, denunciado hoje pelo Minist�rio P�blico, que intermediou a negocia��o com uma segunda pessoa. A arma, um rev�lver calibre 38 com numera��o suprimida, foi comprada por R$ 2,5 mil. Outras duas pessoas, tamb�m denunciadas, venderam muni��es aos atiradores.
Autor intelectual
Um outro procedimento, que corre em segredo de Justi�a, apura a participa��o do autor intelectual no crime. Em maio, o Tribunal de Justi�a acatou uma den�ncia do Minist�rio P�blico e determinou que ele continue apreendido na Funda��o Casa por tempo indeterminado. Segundo o delegado, o menor n�o participou diretamente do massacre porque os autores queriam que o crime ficasse mais parecido com o que houve em Columbine, com a participa��o de apenas duas pessoas no ato.
Den�ncia
O Minist�rio P�blico de S�o Paulo denunciou quatro pessoas, que j� est�o presas, por participa��o no massacre. Segundo o promotor de Justi�a Rafael Ribeiro do Val, que fez a den�ncia, todos eles tiveram participa��o na venda de armas e muni��es para os dois atiradores. O promotor solicitou a pris�o preventiva dos quatro denunciados.
Segundo o delegado, no inqu�rito policial os quatro foram indiciados por participa��o nos dez homic�dios e 11 atentados e tamb�m pelo com�rcio ilegal de arma de fogo e muni��es.