
Questionada se acredita na inoc�ncia dos dois filhos, Flordelis respondeu, em entrevista ao "Fant�stico", da TV Globo, que n�o acreditava em nada. A entrevista foi gravada na cena do crime, a casa da deputada. Perguntada se confiava em todos os que moram no local, a parlamentar respondeu: "[Em] Todas as pessoas que estavam morando comigo naquele momento, sim".
Lucas j� n�o morava com o casal, mas imagens de c�meras de seguran�a mostram o filho adotivo chegando � casa. O jovem foi preso ap�s o assassinato, antes mesmo das suspeitas de envolvimento no crime, j� que era procurado por envolvimento com tr�fico de drogas, por uma infra��o cometida quando ainda era adolescente.
Em entrevista � revista "Veja" na sexta-feira, Flordelis disse que Lucas teve desentendimentos com o pastor no passado, por conta do roubo de rel�gios da fam�lia. Ao "Fant�stico", a deputada minimizou as desaven�as, embora tenha descrito Lucas como "muito fechado" e "muito revoltado", comportamento creditado por ela ao fato de o filho adotivo ter tido uma inf�ncia dif�cil, pois o "pai era bandido" e a "m�e morreu de c�ncer".
"A �nica coisa que meu marido tinha era com o Lucas, mas era coisa de pai. Ele n�o aceitava meu filho ter sa�do de casa e estar fazendo algumas coisas erradas", disse Flordelis. Na entrevista, a deputada disse ainda que o pastor e Fl�vio, o outro filho preso, tinham bom relacionamento, negou que soubesse o paradeiro do celular da v�tima, at� agora n�o encontrado, afirmou n�o ver motivos para algu�m querer a morte do pastor, e contou ter ouvido seis tiros no momento do crime.
Segundo a Pol�cia Civil, Fl�vio confessou o crime. Seu advogado, Anderson Rollemberg, contesta a confiss�o, pois o depoimento teria sido colhido sem a presen�a da defesa, "em desconformidade as garantias fundamentais da pessoa presa". A defesa tamb�m contesta a inclus�o, como prova no inqu�rito, de uma pistola encontrada num quarto que seria de Fl�vio, na pr�pria casa da fam�lia onde ocorreu o crime.
O advogado informou que vai entrar na segunda-feira com uma reclama��o junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo fato de n�o ter tido acesso ao inqu�rito policial que apura o caso. Segundo Rollemberg, o acesso ao inqu�rito foi negado pela Pol�cia Civil do Rio, o que, mesmo diante do sigilo imposto ao processo, estaria em desacordo com a S�mula Vinculante 14, do STF, editada em 2009.