
Para eles, a isen��o do valor do ingresso de R$ 106 para turistas brasileiros e R$ 212 para estrangeiros inviabiliza a visita��o em Fernando de Noronha.
Al�m do ingresso para visitar o parque, os turistas que v�o a Noronha s�o obrigados a pagar uma taxa de preserva��o que varia de acordo com a quantidade de di�rias na ilha. Ela come�a em R$ 73,52.
Em postagem no Facebook no fim de semana, Bolsonaro classificou a cobran�a como "roubo praticado pelo Governo Federal", prometeu rever a situa��o e pediu que a popula��o denuncie pr�ticas semelhantes em outros locais.
De acordo com Claudio Maretti, vice-presidente da Comiss�o Mundial de �reas Protegidas, com o fim da cobran�a do ingresso a qualidade de Fernando de Noronha vai cair.
"Fernando de Noronha � um arquip�lago com fragilidades muito s�rias e um turismo maior vai prejudicar o local. A visita��o tem que ser limitada. A concess�o � iniciativa privada permite ter estrutura de apoio com muito mais qualidade do que a prec�ria qualidade com or�amento enxuto", disse Maretti.
A diretora Executiva da Rede Nacional Pr� Unidades de Conserva��o, Angela Kuczach, acredita que a cobran�a da taxa n�o impacta negativamente o turismo na regi�o.
"Uma pessoa n�o vai deixar de ir at� Fernando de Noronha porque ela tem que pagar R$106 de ingresso para entrar no parque. Ao contr�rio, o fato de voc� ir at� l�, ter acessos de boa qualidade, ter trilhas bem manejadas, ter estrutura, acessibilidade, tudo isso � resultado da concess�o. O que melhora o turismo � o servi�o de qualidade e a seguran�a", explicou �ngela.
Para o professor do Instituto Oceanogr�fico da USP e respons�vel pela C�tedra Unesco para Sustentabilidade dos Oceanos, Alexander Turra, a poss�vel isen��o da cobran�a de ingresso � uma medida imediatista do governo.
"Em um primeiro momento, [a extin��o da taxa] pode parecer que traz benef�cios, mas a longo prazo traz degrada��o ao ambiente. A cobran�a de taxa � feita para que se tenha uma estrutura apropriada, para que o turismo seja feito de forma qualificada. Esse � o princ�pio", disse.
De acordo com Turra, o ambiente n�o suporta mais gente. "A ideia � trabalhar a visita��o em fun��o da capacidade de carga (coleta e tratamento de esgoto, coleta de �gua, coleta de lixo, hospital etc). Tem uma l�gica e n�o se pode romper isso", explicou.