
Ap�s a pris�o, Marin�sio foi acusado de tentativa de estupro por duas irm�s, de 18 e 21 anos. Na noite do �ltimo s�bado, 24, elas sa�ram de uma festa em Planaltina e foram abordadas pelo cozinheiro, que se apresentou como motorista de transporte alternativo. As v�timas contaram � pol�cia que, no caminho, ele passou a m�o nas pernas de uma delas, que estava no banco da frente e parou o carro. Uma das irm�s usou uma panela de preparar algod�o doce que estava no banco de tr�s para se defender. As duas conseguiram fugir.
No �ltimo dia 11, uma jovem de 23 anos teria sido amea�ada pelo motorista, ap�s pegar um transporte "pirata" no Terminal Rodovi�ria de Planaltina. Com o ve�culo em movimento, segundo relato da v�tima, o suspeito teria tentado estupr�-la. A jovem pulou do carro em movimento. Ela procurou a pol�cia depois de reconhecer Marin�sio por uma foto, ap�s a divulga��o da pris�o e da morte de Let�cia.
Uma adolescente de 17 anos tamb�m procurou a pol�cia na companhia da m�e para contar que reconheceu o cozinheiro como o homem que a teria estuprado em abril deste ano. Conforme o relato, a garota seguia para um ponto de �nibus, ap�s as aulas, em Parano�, quando foi abordada pelo suspeito. Com uma faca, ele teria obrigado a jovem a entrar em um carro e a violentou. Marin�sio ainda tentou estrangular a garota. O boletim de ocorr�ncia do estupro foi registrado em julho.
Sequestro
Marin�sio tamb�m � investigado como o poss�vel sequestrador da dom�stica Gisvania Pereira dos Santos, de 33 anos, desaparecida em 6 de outubro do ano passado, em Sobradinho, regi�o administrativa do Distrito Federal. Uma irm� dela procurou a pol�cia depois de ver o notici�rio sobre os crimes do cozinheiro. Uma c�mera de um posto de gasolina flagrou quando o motorista de um carro branco insistiu para que ela entrasse no ve�culo. A mulher nunca mais foi vista.
No bairro em que morava com a mulher e uma filha de 16 anos, no Vale do Amanhecer, em Planaltina, o cozinheiro era considerado um homem pacato. De acordo com a pol�cia, no entanto, os moradores mais antigos relatam que h� dez anos ele teria tentado estuprar uma vizinha, para quem deu carona. Desde a pris�o, a casa est� fechada. Sentindo-se amea�adas, a mulher e a filha se mudaram.
Nesta quarta-feira, 28, a Pol�cia Civil do DF pediu que mulheres ou familiares de poss�veis v�timas do man�aco procurem os �rg�os policiais para registrar boletim de ocorr�ncia. Segundo o �rg�o, ser� garantida toda privacidade. De acordo com o delegado Veluziano de Castro, que investiga a morte de Let�cia, casos de ataques contra mulheres sem autoria conhecida est�o sendo revistos. "Estamos revendo inqu�ritos de 2014 e 2015 que estavam em vias de arquivamento por falta de ind�cios dos suspeitos", disse.
Carona
Segundo o delegado, o cozinheiro teria um padr�o de agir, atraindo v�timas que est�o � procura de transporte. Foi o que teria acontecido no caso de Genir e no mais recente, que culminou com a morte de Let�cia. As duas foram mortas por asfixia, ap�s terem aceitado a "carona" oferecida pelo suspeito. De acordo com a investiga��o, a funcion�ria do MEC foi atacada quando saiu para trabalhar. A advogada morava com o marido e o filho de 3 anos em um apartamento do Setor Arapoanga, em um bairro de Planaltina.
O delegado disse que Let�cia conhecia Marin�sio de vista, pois �s vezes eles tomavam o mesmo �nibus. Ainda de acordo com a pol�cia, Marin�sio viu a jovem no ponto de �nibus e ofereceu uma carona. Durante o trajeto, ele a teria assediado e, como a jovem rejeitou a investida, foi estrangulada. A per�cia vai esclarecer se o estupro foi consumado, crime que Marin�sio nega. O corpo foi abandonado � margem da rodovia DF-250. Let�cia foi sepultada nesta ter�a-feira, 27, em Planaltina, em meio a manifesta��es contra os abusos.
Ainda segundo o delegado, assim que Marin�sio foi preso pelo assassinato da advogada, os policiais estabeleceram a liga��o dele com a morte de Genir. Ela trabalhava em uma pizzaria e, no dia 2 de junho, saiu de casa e n�o chegou para o trabalho. O corpo foi achado dez dias depois em uma mata, entre a pizzaria e o local em que ela morava, em Planaltina. Imagens de c�meras mostram o ve�culo do cozinheiro passando pelo local em que Genir desapareceu.
O cozinheiro foi transferido nesta quarta-feira, 28, para a carceragem do Departamento de Pol�cia Especializada. Ele ser� submetido ao reconhecimento por outras poss�veis v�timas. Ele deve responder por homic�dio qualificado, pelos assassinatos de Genir e Let�cia, podendo receber pena de 12 a 30 anos em cada caso. Marin�sio tamb�m pode responder por estupro nos casos de mulheres que relataram as viol�ncias, com penas previstas de de 6 a 10 anos por crime.
A reportagem procura pelos defensores de Marin�sio dos Santos Olinto.