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Estado de Minas

Reduzido a cinzas h� um ano, Museu Nacional prepara reabertura em 2022

Resgate e doa��es ajudam a recompor acervo cient�fico. Entre as pe�as recuperadas est�o fragmentos do cr�nio de Luzia, mais antigo f�ssil encontrado no continente americano


postado em 02/09/2019 11:07 / atualizado em 02/09/2019 15:10

(foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
(foto: T�nia R�go/Ag�ncia Brasil)

Um ano ap�s o inc�ndio no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em 2 de setembro de 2018, algumas boas not�cias animam os pesquisadores da institui��o. Uma das coordenadoras do trabalho de resgate de pe�as nos escombros, a professora Luciana Carvalho detalha que foram recuperadas pe�as importantes para a pesquisa, como esqueletos humanos, inclusive fragmentos do ic�nico cr�nio da Luzia, o mais antigo f�ssil encontrado no continente americano.

Ela cita tamb�m a recupera��o de paleovertebrados e pe�as que contribu�ram para descrever novas esp�cies, chamados de hol�tipos. “Estamos atuando agora nos esqueletos humanos, que resistem bem ao calor. N�s resgatamos materiais da nossa cole��o de paleovertebrados, n�o s� os dinossauros, mas tamb�m de diversos mam�feros e os hol�tipos desses vertebrados. Assim como tamb�m toda a cole��o de hol�tipos da paleontologia de invertebrados, que estava em um arm�rio que, pela localiza��o, n�o foi tombado nem destru�do. Isso � uma not�cia maravilhosa”.

O diretor do museu, Alexander Kellner, informou que v�rias doa��es importantes para recompor o acervo cient�fico e de pesquisa j� foram prometidas e entregues.

“Na entomologia n�s tivemos 20 doa��es que dariam mais ou menos 23 mil itens, foi certamente uma das �reas que mais sofreu. Em vertebrados, foram mais de 500 esp�cimes de diversas �reas do Brasil que foram doados. Na geologia e paleontologia, n�s tivemos bens apreendidos pela Receita Federal que foram destinados ao Museu Nacional. Eu fa�o um apelo p�blico para que isso continue assim: se tiver bens apreendidos, que sejam revertidos para a institui��o Museu Nacional”.

Kellner destaca que a Biblioteca Francisca Keller, do Programa de P�s-Gradua��o em  Antropologia Social, que tinha 37 mil documentos e livros e foi totalmente incinerada, j� est� sendo recomposta.

“A Biblioteca Francisca Keller tem mais ou menos 10.500 volumes que j� foram doados, j� foram recebidos, e outros 8 mil a caminho. Desses a�, s� o que a gente vai receber da Fran�a s�o aproximadamente 700 quilos. E tamb�m tivemos na Biblioteca Central a doa��o de v�rios outros livros, mais de 170 quilos”.

Ele cita tamb�m a verba disponibilizada pela Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior (Capes), de R$2,5 milh�es para a pesquisa de p�s-gradua��o do museu, e as bolsas da Funda��o Carlos Chagas Filho de Amparo � Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), no valor de R$3 mil reais por m�s para 72 pesquisadores pelo per�odo de um ano.

“Pode n�o parecer muito, mas � essa verba que faz com que voc� consiga respirar. Faz com que o professor possa fazer uma atividade de campo, que possa levar o estudante para algum local, inclusive para coletar material”.

(foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
(foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil)

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, destaca que o trabalho cient�fico desenvolvido pelo Museu Nacional � um dos destaques que faz da UFRJ uma das principais universidades do pa�s e da Am�rica Latina, com pelo menos cinco �reas entre as cem melhores do mundo.

“Dentre essas cinco �reas, duas est�o no Museu Nacional: a arqueologia e a antropologia. O Museu Nacional � muito mais do que a �rea de exposi��es. Havia no pal�cio v�rios laborat�rios de pesquisa, funcionava l� curso de p�s-gradua��o, projeto de extens�o, envolvimento de estudantes da gradua��o das diferentes �reas da universidade, atrav�s dos programas de inicia��o cient�fica”.

Ela destacou que em 2020 ser� constru�do o Campus da Cavalari�a, em uma �rea fora da Quinta da Boa Vista, doada pela Uni�o, que vai abrigar os laborat�rios perdidos e a parte administrativa do Museu Nacional. A licita��o para a elabora��o dos projetos das primeiras interven��es, que ser�o o cercamento e a infraestrutura b�sica do local, j� est� em andamento.

Denise adiantou que est�o reservados para a obra R$ 30 milh�es, parte do total de R$ 43 milh�es destinados pela bancada de deputados federais do Rio de Janeiro por meio de uma emenda impositiva. O valor total da emenda havia sido de R$ 55 milh�es, mas uma parte foi contingenciada. Segundo a reitora, essa verba j� est� � disposi��o da universidade.

A reitora, o diretor do Museu e a arque�loga participaram de uma entrevista coletiva � imprensa na quarta-feira (28), para falar sobre o andamento dos trabalhos de recupera��o da institui��o.


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