A Marinha informou que, at� essa segunda-feira, foram recolhidas 900 toneladas de res�duos de �leo cru nas praias do Nordeste. O �leo come�ou a apareceu primeiro no litoral da Para�ba e se espalhou para Pernambuco, Alagoas, Cear�, Maranh�o, Piau�, Rio Grande do Norte, Sergipe e, mais recentemente, na Bahia. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama), 72 munic�pios de nove estados tiveram suas praias afetadas pelo material.
Ontem, o Grupo de Acompanhamento e Avalia��o (GAA) informou avistou e o Navio Patrulha Gua�ba recolheu manchas no mar, ao norte do Porto de Suape, em Pernambuco. O navio Aggressor e o navio CBO Niter�i, especializados em �leo no mar, da Petrobras, assim como as embarca��es da Marinha est�o na regi�o para apoiar a identifica��o e realizar a limpeza da �rea. Al�m disso, uma aeronave do Ibama foi deslocada para o estado com a inten��o de permanecer monitorando o local.
Equipes da Marinha tamb�m est�o fazendo o monitoramento da Ilha de Itaparica (BA), no interior da Ba�a de Todos os Santos, e do litoral norte de Salvador, das praias do Rio Vermelho at� as proximidades de Jau�. Ao todo, 20 militares est�o realizando a limpeza de vest�gios de �leo na praia de Amaralina, tamb�m em Salvador.
A Petrobras tamb�m tem cooperado na limpeza das manchas. A estatal mobilizou 120 pessoas para atuarem na limpeza das praias em Sergipe. Em Pernambuco, nas �ltimas 24 horas, foram limpas as praias de Suape, Muro Alto, Cupe, Porto de Galinhas, Pontal do Maraca�pe; Praia do Guaiamum, a localidade de Ave-o-mar, em Sirinha�m, Foz do Rio Una, Mamucambinhas e Foz do Rio Formoso. As praias do Paiva, em Pernambuco, e do Atalaia, em Sergipe, permanecem com a limpeza em andamento, feita por militares da Marinha do Brasil.
Medidas adotadas pela Uni�o
A Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) demonstrou na Justi�a Federal de Sergipe que a Uni�o adotou as provid�ncias cab�veis para enfrentar o vazamento de �leo nas praias do Nordeste. A decis�o da Justi�a reconheceu que a Uni�o havia acionado e colocado em andamento o Plano Nacional de Conting�ncia para Incidentes de Polui��o por �leo em �guas, conforme � necess�rio neste tipo de acidente ecol�gico.
A atua��o ocorreu no �mbito de uma a��o movida pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) de Sergipe para questionar as medidas adotadas pelo governo federal para enfrentar o vazamento. Nela, o MPF pedia que a Uni�o implementasse o plano em 24 horas.
No entanto, a AGU demonstrou que o Plano Nacional de Conting�ncia j� est� em andamento e que mesmo antes do acionamento do plano, durante os primeiros sinais do acidente ambiental, os �rg�os e entidades p�blicas federais estavam adotando uma s�rie de provid�ncias. Entre elas, o monitoramento di�rio das manchas de �leo, a coordena��o dos trabalhos de limpeza, o recolhimento de amostras de �leo e res�duos das praias atingidas, an�lise do �leo e an�lises do tr�fego mar�timo.
A Justi�a intimou o MPF a especificar, no prazo de 15 dias, quais outras medidas poderiam ser tomadas para enfrentamento do vazamento de �leo, al�m das que j� foram especificadas e implementadas pela Uni�o.