
Pouco mais de um m�s ap�s a pol�mica anula��o de uma prova do Col�gio Loyola, em Belo Horizonte - que continha um texto cr�tico ao presidente Jair Bolsonaro, de autoria do escritor Greg�rio Duvivier - outra avalia��o virou assunto nacional. O palco das discuss�es desta vez, � uma escola adventista de Bel�m do Par�.
A institui��o causou revolta entre pais e alunos ao aplicar um question�rio de L�ngua Portuguesa que inclu�a quest�es como “A b�blia condena a rela��o homossexual?”, “O homossexualismo (sic) tem perd�o?”. Ministrada aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, a atividade � um dos assuntos mais comentados do Twitter nesta ter�a-feira (19).
“Me preocupa que a escola esteja abordando a homossexualidade com esse vi�s no pa�s que mais mata pessoas LGBT no mundo. A institui��o pode n�o ter consci�ncia disso mas, amanh�, o jovem exposto a esse conte�do pode se transformar no homof�bico que agride gays”, afirma o maquiador. “Al�m disso, a prova, que � de Portugu�s, n�o parece cumprir seu objetivo, pois n�o traz qualquer pergunta sobre regras gramaticais ou de concord�ncia, por exemplo. Ent�o ela soa mesmo como algo tendencioso, feito para disseminar cren�as cheias de preconceito”, avalia Lopes.
Herisson conta que tomou conhecimento da avalia��o ao passar pela sala de sua casa, onde a irm� estudava com alguns colegas. "Eles mesmos estavam chocados com as quest�es propostas na atividade. A minha fam�lia toda, na verdade, est�. Minha m�e mesmo � evang�lica, mas n�o compactua com a homofobia”, relata o maquiador, que preferiu n�o identificar a irm� para evitar que ela seja alvo de bullying e retalia��es na comunidade escolar.
Lopes n�o pretende manter a den�ncia apenas no �mbito da Internet. O paraense diz que vai acionar o Minist�rio P�blico, de modo a pressionar o col�gio a rever suas diretrizes. “Alguns representantes de �rg�os e autoridades chegaram a me procurar. Ainda n�o discutimos o que ser� feito, mas vamos tomar provid�ncias. Tudo dentro da lei, sem excessos, nem viol�ncia. Ali�s, � importante ressaltar que a minha primeira atitude foi procurar a dire��o da escola para uma conversa, mas eles n�o dialogaram comigo. O que fizeram foi justificar que prova havia sido demandada por uma professora sem o conhecimento da institui��o. No mais, me pediram para aguardar, pois a escola iria se pronunciar por meio de um comunicado oficial”, conta.
Lopes n�o pretende manter a den�ncia apenas no �mbito da Internet. O paraense diz que vai acionar o Minist�rio P�blico, de modo a pressionar o col�gio a rever suas diretrizes. “Alguns representantes de �rg�os e autoridades chegaram a me procurar. Ainda n�o discutimos o que ser� feito, mas vamos tomar provid�ncias. Tudo dentro da lei, sem excessos, nem viol�ncia. Ali�s, � importante ressaltar que a minha primeira atitude foi procurar a dire��o da escola para uma conversa, mas eles n�o dialogaram comigo. O que fizeram foi justificar que prova havia sido demandada por uma professora sem o conhecimento da institui��o. No mais, me pediram para aguardar, pois a escola iria se pronunciar por meio de um comunicado oficial”, conta.
“Debate qualificado”
Procurada pelo Estado de Minas, a dire��o da Col�gio Adventista dos Correios se pronunciou por meio de nota de esclarecimento. De acordo com a Institui��o, “as quest�es contidas no question�rio tinham como objetivo colher as diversas opini�es e sentimentos sobre a tem�tica em estudo e davam a cada estudante a oportunidade de expressar livremente sua opini�o. Um livro serviu como aux�lio na tarefa, o que ocorre em v�rias disciplinas”.
Leia o texto na �ntegra:
O Col�gio Adventista de Correios esclarece alguns aspectos relacionados a uma not�cia sobre uma atividade escolar:
1. As quest�es contidas no question�rio tinham como objetivo colher as diversas opini�es e sentimentos sobre a tem�tica em estudo e davam a cada estudante a oportunidade de expressar livremente sua opini�o. Um livro serviu como aux�lio na tarefa, o que ocorre em v�rias disciplinas.
2. A tarefa que o professor elegeu levou em conta o conhecimento pr�vio do aluno. E, com isso, procura proporcionar um debate qualificado a respeito do assunto. A ideia � a de formar um cidad�o que respeita opini�es diversas, bem como seja capaz de pensar por si pr�prio sobre as tem�ticas apresentadas.
3. O Col�gio afirma que, acima de tudo, respeita todos os indiv�duos sem qualquer tipo de discrimina��o sexual, racial, religiosa, ou de outra natureza.
4. O Col�gio, que � uma institui��o confessional, � reconhecido pela confian�a e credibilidade que transmite, especialmente por apresentar uma proposta educacional de alta qualidade, pautada em valores baseados na B�blia e direcionada a promover o desenvolvimento harmonioso das faculdades f�sicas, intelectuais, espirituais e sociais de cada aluno.
5. O Col�gio est� e sempre esteve � disposi��o