
A soltura dos membros da ONG j� tinha sido solicitada ontem pela defesa, mas havia sido negada pelo juiz. Em sua justificativa para ter mudado de ideia sobre a pris�o preventiva apenas um dia depois, o juiz Alexandre Rizzi argumentou que a Pol�cia Civil do Par�, em suas buscas, recolheu "enorme quantidade" de aparelhos eletr�nicos e documentos, o que dever� demandar muito tempo para apura��o. Por isso, n�o se justificaria a manuten��o da pris�o preventiva, uma vez que os quatro detidos tamb�m prestaram informa��es ontem � investiga��o.
Na pr�tica, quando negou o pedido de liberdade na quarta, 27, a Justi�a do Par� j� sabia do volume de material apreendido e dos depoimentos prestados. A concess�o da liberdade provis�ria exige que os quatro integrantes da ONG entreguem � Justi�a seus passaportes no prazo de 48 horas. Eles est�o proibidos de deixarem o munic�pio nos pr�ximos 15 dias, devem permanecer em suas casas entre as 21 horas e 6 horas da manh�, al�m de prestarem informa��es na comarca sobre suas atividades, uma vez por m�s.
Governo troca chefia de investiga��o
Nesta quinta-feira, 28, o governador do Par�, Helder Barbalho (MDB), anunciou a troca do delegado que cuida do caso. A presid�ncia do inqu�rito, que estava a cargo da Pol�cia Civil de Santar�m, agora ter� o comando do diretor da Delegacia Especializada em Meio Ambiente, Waldir Freire. De acordo com Barbalho, a mudan�a � "para que tudo seja esclarecido da forma mais r�pida e transparente poss�vel". O governador disse ainda que "ningu�m est� acima da lei, mas tamb�m ningu�m pode ser condenado antes de esclarecer os fatos".
O Minist�rio P�blico Federal do Par� afirmou que, at� o momento, n�o h� provas que apontem liga��o dos membros da ONG aos inc�ndios ocorridos em setembro na regi�o. Cerca de 180 entidades ambientalistas e de direitos humanos criticaram a pris�o dos brigadistas por suspeita de liga��o com inc�ndios florestais no Par�. A WWF - organiza��o que, segundo a Pol�cia Civil, teria sido v�tima de desvio de verba pelo grupo suspeito - condenou "a falta de clareza" sobre a investiga��o. Disse ainda repudiar "ataques a seus parceiros e as mentiras envolvendo o seu nome".