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Estado de Minas GERAL

Ligada ao MEC, TV Escola lan�a s�rie que promete 'resgate hist�rico', com Olavo de Carvalho

Dividida em cinco epis�dios, 'Brasil: a �ltima cruzada' estreou nessa segunda (9) e aborda da chegada dos portugueses


10/12/2019 12:00 - atualizado 10/12/2019 13:23

(foto: Reprodução Youtube)
(foto: Reprodu��o Youtube)

A produtora Brasil Paralelo, surgida em 2016, vai transmitir uma de suas s�ries na TV Escola, de sinal aberto, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Dividida em cinco epis�dios, Brasil: a �ltima Cruzada j� no epis�dio inicial traz uma entrevista do "guru de Bolsonaro", o ide�logo Olavo de Carvalho.

No site da produtora, a s�rie, lan�ada na internet em 2017, � definida como "o maior resgate hist�rico j� produzido no Pa�s". No Twitter da TV Escola, est� a informa��o de que a Brasil Paralelo cedeu a s�rie para que o canal a exibisse. A TV anuncia que os epis�dios iriam ao ar at� sexta-feira, sempre �s 21 horas. "Nossos document�rios s�o gratuitos, qualquer um pode reproduzi-los e ficamos felizes quando decidem faz�-lo, n�o faz sentido impedir. A Brasil Paralelo n�o recebe nenhum centavo de dinheiro p�blico, 100% da nossa receita vem das assinaturas dos membros", informou a produtora no Twitter.



A TV Escola � um canal de televis�o gerido pela Associa��o de Comunica��o Educativa Roquette Pinto (Acerp), que se apresenta como uma organiza��o social independente, de direito privado. Chegou a fazer parte do Minist�rio da Educa��o, mas desde 2015 mant�m apenas contrato de gest�o com o MEC para produ��o de conte�do e gest�o operacional.

Procurada, a Acerp disse que a decis�o de transmitir o document�rio foi tomada em reuni�o de pauta entre as �reas de programa��o, produ��o e dire��o, levando em considera��o o "objetivo de diversificar a programa��o". Ao ser questionada pela reportagem se o MEC ainda tem interfer�ncia na programa��o - considerando curr�culo das escolas e cursos de gradua��o -, informou que o minist�rio � quem deveria responder. J� o MEC disse que a TV Escola tem independ�ncia.

O Estado apurou que a escolha dos materiais a serem veiculados � feita pelo conselho da associa��o, sem a necessidade da avalia��o de educadores. A autonomia era vista como uma forma de impedir que materiais fossem censurados, mas h� um temor de que a aus�ncia de uma avalia��o possa permitir a veicula��o de materiais sem qualidade pedag�gica.

Para a historiadora Maria Aparecida de Aquino, professora da USP, a aus�ncia de regras para a defini��o da programa��o de um canal educativo tem como objetivo evitar a "asfixia" e censura dos conte�dos, mas exige uma posi��o respons�vel de quem os seleciona. "� bastante preocupante veicular em um canal de sinal aberto, voltado para estudantes e professores, um material sem comprova��o hist�rica, sem documentos que possam dar embasamento a essa vis�o."

A produtora diz em seu site que a s�rie pretende "desenterrar o nome dos grandes homens na nossa hist�ria" e "ajudar a devolver a hist�ria que nos foi negada". A produ��o ajudou a dar proje��o ao rec�m-nomeado presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, fil�sofo e professor conhecido em canais de YouTube da direita bolsonarista e contr�rio ao republicanismo brasileiro que derrubou a monarquia em 1889.

A iniciativa foi criticada, mas tamb�m comemorada nas redes sociais. "Teremos Olavo de Carvalho na TV aberta. Grande dia", comemorou Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista criador do site Ter�a Livre. Um dos principais entusiastas da produtora � o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que quando era cotado para assumir a Embaixada em Washington dizia estudar Hist�ria com as s�ries da Brasil Paralelo. "Temos uma lind�ssima hist�ria e ela h� de ser recuperada. Agora: Brasil Paralelo na TV Escola", disse ele, nesta segunda-feira, 9, em seu Twitter.

Influ�ncia

Com forte influ�ncia no alto escal�o do governo Bolsonaro, Olavo conseguiu indicar muitos nomes para o MEC no in�cio da gest�o. Ap�s uma s�rie de pol�micas e muitas cr�ticas, o ide�logo perdeu a maioria dos indicados. Atualmente, tem apenas um deles no alto escal�o, o secret�rio de Alfabetiza��o, Carlos Nadalim. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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