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Estado de Minas COVID-19

Coronav�rus: Sociedade Brasileira de Infectologia diz que momento n�o � de p�nico

Entidade, por�m, alerta para possibilidade de S�o Paulo e Rio entrarem na etapa de transmiss�o comunit�ria


postado em 13/03/2020 09:00 / atualizado em 13/03/2020 09:18

Aeroportos continuam a funcionar normalmente no Brasil (foto: Nelson Almeida/AFP)
Aeroportos continuam a funcionar normalmente no Brasil (foto: Nelson Almeida/AFP)

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou ontem documento com orienta��es e informa��es sobre a pandemia de coronav�rus. No informe, os m�dicos da entidade afirmam que o momento n�o � de p�nico para os brasileiros. Al�m disso, o texto lista caracter�sticas da infec��o pelo v�rus, como a transmissibilidade, e traz recomenda��es para fortalecer a preven��o.
 
De acordo com o informe da SBI, a medida mais eficaz que se pode tomar para prevenir a infec��o pelo novo coronav�rus � a higieniza��o frequente das m�os com �gua e sab�o ou �lcool gel a 70%. O per�odo entre o momento da infec��o e o aparecimento de sintomas – per�odo de incuba��o – �, em m�dia, de cinco dias, podendo chegar a 14 dias em casos raros. No texto, os m�dicos reiteraram a necessidade de isolamento respirat�rio para os casos suspeitos, uma vez que a transmissibilidade � maior nos primeiros tr�s a cinco dias de in�cio de sintomas.
 
O documento recomenda que nenhum medicamento seja usado para tratar pacientes com COVID-19 at� se ter evid�ncia cient�fica de comprova��o. A SBI lista medica��es como: lopinavir-ritonavir, cloroquina, interferon, vitamina C, corticoide, que n�o devem ser aplicadas para tratar a doen�a. Em certos casos, as drogas podem piorar o quadro de infec��o.
 
Os infectologistas afirmam que entre 80 e 85% dos casos de COVID-19 s�o leves: os pacientes n�o precisam ser hospitalizados e devem permanecer em isolamento domiciliar. Enquanto isso, 5% dos casos precisam de internamento hospitalar intensivo. Quanto ao cont�gio, a SBI afirma que uma pessoa infectada transmite o v�rus em m�dia para 2,74 pessoas. Essa taxa � maior do que a da pandemia de influenza H1N1, de 2009, que registrou 1,5. Por�m, � menor do que a de sarampo, na qual cada pessoa contaminada transmitia para outras 15.

No texto, a SBI defende que neste momento n�o � recomendado fechar escolas ou faculdades no Brasil por causa do v�rus. “O fechamento de escolas pode levar v�rias fam�lias a terem que deixar seus filhos com seus av�s, pois seus pais trabalham. Nas crian�as, a COVID-19 tem se apresentado de forma leve e a letalidade � pr�xima de zero; j� no idoso, a letalidade aumenta muito”, argumentam os m�dicos. Segundo o informe, a letalidade do coronav�rus em idosos com mais de 80 anos e mais de uma outra doen�a diagnosticada � de cerca de 15%.

As fases por�m, os infectologistas afirmam que essas orienta��es s�o din�micas e podem ser modificadas dependendo da evolu��o da epidemia no Brasil. De acordo com o texto, diferentes cidades e estados brasileiros podem estar em fases tamb�m diversas no pa�s. Em uma primeira fase, o COVID-19 chega no pa�s apenas com casos importados. A segunda fase se caracterizaria pela transmiss�o local, quando quem n�o viajou contrai o v�rus, mas � poss�vel identificar quem o transmitiu. A terceira e �ltima fase seria a transmiss�o comunit�ria, com um aumento exponencial no n�mero de casos e n�o � mais poss�vel identificar o paciente transmissor.
 
Segundo os m�dicos, � poss�vel que as cidades de S�o Paulo e Rio de Janeiro entrem na terceira fase nos pr�ximos dias ou semanas, devido ao tamanho das popula��es dessas capitais. A partir dessa fase de transmiss�o comunit�ria, a SBI recomenda medidas como o est�mulo ao trabalho em hor�rios alternativos, reuni�es virtuais e restri��o de contato social para pessoas com 60 anos ou mais. Al�m disso, deve-se avaliar o cancelamento ou adiamento de eventos com muitas pessoas.
 
Em regi�es com mais de 1 mil casos, o que pode ocorrer em poucas semanas, a SBI acredita que j� se deva considerar o “fechamento das escolas, faculdades e universidades; interrup��o de eventos coletivos, como jogos de futebol e cultos religiosos; fechamento de bares e boates; disponibiliza��o de leitos extras de UTI”. Nessa situa��o, os m�dicos afirmam que pacientes com sintomas leves n�o devem procurar assist�ncia m�dica, uma vez que o atendimento de sa�de estar� sobrecarregado.

Por fim, o texto conclui que s� as a��es em conjunto da sociedade civil, agentes p�blicos, sociedades cient�ficas e profissionais de sa�de far�o com que o pa�s enfrente essa nova pandemia com sucesso, diminuindo a mortalidade principalmente entre os idosos e mitigando as consequ�ncias sociais e econ�micas da doen�a.

*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Marta Vieira

PARA ENTENDER

Orienta��es da Sociedade Brasileira de Infectologia sobre a doen�a

» Higienizar frequente as m�os com �gua e sab�o ou �lcool gel a 70%
» Isolamento, em casos suspeitos, � necess�rio porque a transmiss�o � maior nos primeiros tr�s a cinco dias de in�cio de sintomas
» Medica��es como lopinavir-ritonavir, cloroquina, interferon, vitamina C e corticoide n�o devem ser usados para tratar a doen�a, sob pena de piorar o quadro de infec��o
» Uma pessoa infectada transmite o v�rus, em m�dia, para 2,74 pessoas, taxa superior a da pandemia de influenza H1N1, ocorrida em 2009 (1,5)
» Nas crian�as, a COVID-19 ocorre de forma leve e a letalidade � pr�ximo a zero; j� no idoso, a letalidade aumenta muito e pode atingir 15%
» Em fase inicial, o v�rus se instala por meio de pessoas que desembarcam na localidade afetada, ao passo que na fase seguinte ocorre a transmiss�o local, quando quem n�o viajou contrai o v�rus de uma outra pessoa que � identificada como transmissora. A terceira etapa se caracteriza pela transmiss�o comunit�ria, ou seja, aquela na qual n�o se identifica mais o paciente transmissor


 


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