
Em coletiva de imprensa no Pal�cio do Planalto, o chefe da pasta, Luiz Henrique Mandetta, admitiu que n�o haver� recursos para testes em "todo mundo" ap�s ser questionado sobre a disponibilidade de exames e os crit�rios de distribui��o.
Nesse contexto, o sistema p�blico se prepara para realizar exames em pacientes graves, profissionais de sa�de e de seguran�a e por amostragem em casos leves. O Brasil registra 4.579 casos confirmados da covid-19, transmitida pelo novo coronav�rus. As mortes pela doen�a chegam a 159.
Uma das dificuldades citadas pelas autoridades � justamente a subnotifica��o de casos, ou seja, o n�mero pode ser muito maior considerando diagn�sticos que deixaram de ser feitos no Pa�s. A dificuldade, de acordo com o minist�rio, � com a disponibilidade de testes nos pa�ses produtores, como China e Estados Unidos.
"H� um desabastecimento global de insumos para produ��o dos testes, ou seja, acaba afetando a disponibilidade", afirmou o secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de do minist�rio, Wanderson de Oliveira, na coletiva realizada no Pal�cio do Planalto.
A pasta encomendou dois tipos de testes: o RT-PCR, usado para diagnosticar a covid-19 em pacientes graves internados e por amostragem em casos leves em locais estrat�gicos do Pa�s. Esse exame � feito retirando uma secre��o do nariz do paciente e pode identificar a doen�a j� no come�o dos sintomas. Para esses, o minist�rio espera receber 40 mil testes da Fiocruz at� quarta-feira, 1.
Outro teste, o chamado "teste r�pido", ser� feito em profissionais de sa�de e de seguran�a para identificar se essas pessoas j� tiveram coronav�rus no passado e podem voltar ao trabalho. Esse diagn�stico serve para monitorar o avan�o da doen�a no Pa�s e levantar a quantidade de pessoas que desenvolveram defesa no organismo ao v�rus, segundo Mandetta. Mas s� identifica o v�rus a partir do s�timo dia do in�cio dos sintomas. Para esse, a pasta espera ter a entrega de 1,5 milh�o de testes por m�s.
Frente � falta de materiais para diagn�stico, o ministro chamou a aten��o para a quantidade limitada de kits. "N�o fa�am um ataque aos kits. N�s vamos comprar, j� compramos, 5 milh�es. Esse avi�o (hoje) est� chegando com 500 mil. Na hora que dividir, vai dar um pouquinho para cada local", disse Mandetta em uma fala direcionada �s secretarias estaduais e municipais de Sa�de.
O ministro chegou a citar a realiza��o dos testes como condi��o para estabelecimentos comerciais reabrirem. "O dono do restaurante vai ter que testar os seus funcion�rios antes para saber quem tem anticorpo", declarou, sem detalhes.
Para os secret�rios de sa�de, Mandetta fez apelo por crit�rios para aplica��o e protocolos definidos pela pasta. "Se falar 'vamos fazer de todo mundo', vai acabar o teste em um dia e v�o falar 'manda mais'. N�o � assim que vai funcionar." Outra possibilidade, declarou, � a realiza��o de exames com resultados enviados por aplicativo. A plataforma est� sendo "cristalizada" pelo governo, de acordo com o ministro.