
Mandetta ressaltou a “desassist�ncia” a pacientes no pa�s antes da cria��o do SUS – problema que, notadamente, ainda persiste – e disse que o sistema deve ser valorizado pela sociedade.
“O nosso sistema de sa�de est� se organizando. O Brasil tem uma proposta. Essa quest�o de morrer em desassist�ncia no Brasil, antes do SUS existia muito. O SUS � uma constru��o nossa, da sociedade. � muito bom que a sociedade brasileira veja de perto o trabalho desse sistema at� para valorizar muito o fato de ter esse sistema”, afirmou Mandetta.
O SUS foi criado em 1988, a partir da promulga��o da Constitui��o Federal. Apesar de sua abrang�ncia, presente em todos os munic�pios do pa�s e do atendimento que vai desde servi�os b�sicos como aferi��o de press�o arterial, at� interven��es complexas, como transplantes de �rg�os, o sistema convive com graves problemas.
Apesar dos elogios de Mandetta, a realidade para os usu�rios � bem diferente na ponta do sistema. S�o not�rias e conhecidas as mazelas da Sa�de brasileira, como falta de m�dicos e de rem�dios e a m� distribui��o do quadro de profissionais em diferentes cidades, que obriga pacientes de cidades pequenas a deslocamentos – com o agravante da sa�de fragilizada – para locais com mais estrutura.
Al�m disso, pacientes do SUS, constantemente s�o submetidos a longas esperas e extrema burocracia para realiza��o de exames e marca��o de consultas. No atendimento emergencial, convivem cotidianamente com a escassez de leitos, de recursos financeiros e de m�o de obra qualificada.
Al�m disso, pacientes do SUS, constantemente s�o submetidos a longas esperas e extrema burocracia para realiza��o de exames e marca��o de consultas. No atendimento emergencial, convivem cotidianamente com a escassez de leitos, de recursos financeiros e de m�o de obra qualificada.
Pontos positivos
O ministro destacou aspectos positivos do sistema, afirmando que o enfrentamento pr�vio da Sa�de brasileira de doen�as que causam agravamento da COVID-19 tem reflexos positivos na forma como o v�rus se “organiza” no pa�s.
“Nossas eventuais conquistas s�o muito em fun��o do hist�rico do SUS. N�o esque�am que a maior redu��o mundial de tabagismo � brasileira e � do SUS. Primeiro pa�s a chegar a um d�gito, 9% (de fumantes). Abaixo de 5% vira tabaco free. Isso vai sim ter impacto em como o v�rus vai se organizar por aqui. � o SUS que enfrenta obesidade, hipertens�o, diabetes. Com certeza, o SUS sai mais forte, para construirmos um sistema mais solid�rio, mais equ�nime e mais pr�ximo do cidad�o brasileiro”, projetou.
Dificuldades da COVID-19
O ministro da Sa�de destacou as dificuldades de lidar com a pandemia da COVID-19, doen�a que, ao evoluir, apresenta “m�dia-alta complexidade”. De acordo com Mandetta, a amplia��o das estruturas para tratamento dos pacientes com coronav�rus demanda maiores cuidados.
“A �ltima vez que existiu quarentena no pa�s foi em 1917, na gripe espanhola. Hospitais de campanha que t�m respirador, sala de parada, s�o totalmente diferentes das tendas de campanha e hospitais para dengue, que basicamente t�m hidrata��o. Estamos falando de uma doen�a que, quando complica, � de m�dia-alta complexidade. � um desafio enorme”, declarou.
Mandetta tamb�m cobrou uma maior valoriza��o do SUS n�o s� pela sociedade, mas tamb�m pelas autoridades, na discuss�o do or�amento p�blico. Tamb�m destacou a larga abrang�ncia do sistema.
“Esse sistema precisa ser muito contemplado, quando forem discutir obras p�blicas, or�amento p�blico. O sistema � sim muito importante para o equil�brio de toda a popula��o brasileira. � o �nico que est� presente em todos os munic�pios brasileiros, que tem controle social amparando as suas decis�es, tem fundo nacional, estadual, municipal, tem capilaridade, sustentabilidade. Esse sistema vai dar respostas, est� dando respostas”, disse.