
Ap�s falar com os populares, Bolsonaro se aproximou da imprensa, mas afirmou que n�o responderia pergunta dos jornalistas e que falaria apenas com os cinegrafistas.
Ao ser questionado sobre o uso da cloroquina, o presidente afirmou que tem ouvido testemunho de muitas pessoas que o procuram para relatar o sucesso do medicamento no combate � covid-19 e que foram curadas.
"At� porque n�o tem outro rem�dio. � o que tem. Ou voc� toma cloroquina ou n�o tem nada. O que eu fico chateado tamb�m � que quem n�o quer tomar, n�o toma", afirmou Bolsonaro.
Segundo ele, a doen�a est� matando muitas pessoas. Ele contou um epis�dio da Guerra do Pac�fico em que soldados chegavam feridos e n�o tinha sangue para doa��o. "Ent�o, o cara pegou �gua de coco e meteu na veia dele. E deu certo. Se fosse esperar um protocolo, uma comprova��o cient�fica, iam morrer milhares", afirmou.
Na �ltima quarta-feira, 20, o Minist�rio da Sa�de divulgou um documento em que defende o uso da hidroxicloroquina para todos os pacientes com covid-19, mesmo os com sintomas leves da doen�a.
Embora n�o haja comprova��o cient�fica da efic�cia do medicamento contra a doen�a, o minist�rio alegou, no documento, que n�o tem poder de diretriz, que o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou recentemente que m�dicos receitem a seus pacientes a cloroquina e a hidroxicloroquina.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo noticiou, um estudo observacional com mais de 96 mil pacientes internados mostrou que o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina em pacientes com o novo coronav�rus, mesmo quando associados a antibi�ticos, aumenta o risco de morte nos infectados pela covid-19. � a maior pesquisa realizada at� o momento sobre os efeitos que essas subst�ncias t�m no tratamento do v�rus. O estudo foi liderado pelo professor Mandeep Mehra, da Escola de Medicina de Harvard, publicado na revista cient�fica The Lancet.
Mesmo time
Antes de deixar o local, o presidente foi questionado sobre o que ele tinha achado das declara��es do ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), Augusto Heleno, dadas na sexta com rela��o ao pedido de apreens�o do seu celular. "Somos um mesmo time, eu, Heleno, Fernando (ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva), somos um mesmo time", limitou-se a dizer.
O general Heleno divulgou nota na sexta na qual afirma considerar "inconceb�vel" o pedido de apreens�o do celular do presidente Jair Bolsonaro e que, caso aceito, poder� ter "consequ�ncias imprevis�veis para a estabilidade nacional".
A solicita��o foi apresentada por parlamentares e partidos da oposi��o em not�cia-crime levada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa sexta, 22, o ministro Celso de Mello, relator do caso, pediu que a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) se manifeste sobre assunto.
"O Gabinete de Seguran�a Institucional da Presid�ncia alerta as autoridades constitu�das que tal atitude � uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poder� ter consequ�ncias imprevis�veis para a estabilidade nacional", diz Heleno, em nota divulgada no s�bado.
O ministro Celso de Mello se manifestou ainda na noite de sexta para rebater acusa��es de que teria autorizado pedido de apreens�o do celular do presidente.
"O ministro Celso de Mello nada deliberou a respeito nem sequer proferiu qualquer decis�o ordenando a pretendida busca e apreens�o dos celulares", afirmou o gabinete do decano. "Restringindo-se, unicamente, a cumprir os ritos da legisla��o processual penal. Nada mais al�m disso."