
Cerca de metade dos pa�ses investigados interromperam parcial ou integralmente o tratamento da hipertens�o (53%) e da diabetes (49%). O �ndice registrado foi de 42% em rela��o ao c�ncer, e de 31% em emerg�ncias cardiovasculares. O choque foi ainda maior nos servi�os de reabilita��o, que registraram paralisa��o em 63% dos pa�ses.
A situa��o � de "significativa preocupa��o", afirma a OMS, porque doentes cr�nicos est�o no grupo de risco da COVID-19, com maiores chances de complica��es e de morte em caso de infec��o.
"Os resultados dessa pesquisa confirmam o que estamos ouvindo dos pa�ses h� v�rias semanas. Muitas pessoas que precisam de tratamento para doen�as como c�ncer e diabetes n�o t�m recebido, desde o in�cio da pandemia, os servi�os de sa�de e medicamentos necess�rios. � vital que esses pa�ses encontrem formas inovadoras de garantir a continuidade desses servi�os essenciais, mesmo durante o combate � COVID-19", alertou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
As doen�as cr�nicas s�o respons�veis por cerca de 41 milh�es de mortes por ano, n�mero equivalente a 71% dos �bitos ao redor do mundo. Uma das alternativas encontradas em meio � pandemia � a telemedicina, utilizada por 58% dos pa�ses para substituir as consultas tradicionais.
Os principais motivos para a queda brusca no tratamento das enfermidades n�o transmiss�veis s�o o cancelamento de sess�es planejadas, a diminui��o do transporte p�blico dispon�vel e a falta de profissionais - 94% dos pa�ses remanejaram funcion�rios que atuam na �rea das DCNTs para a��es de combate � COVID-19.
Entre os pa�ses que reportaram interrup��es, um quinto (20%) estabeleceu a escassez de medicamentos, diagn�sticos e outras tecnologias como uma das principais raz�es para a paralisa��o dos servi�os.