
Conforme a Pol�cia Civil, a crian�a caiu do edif�cio ap�s ter sido deixada pela m�e, Mirtes Renata Souza, sob responsabilidade da patroa, enquanto sa�a para passear com o cachorro da fam�lia. Enquanto a m�e estava fora, o menino tentou entrar duas vezes no elevador e, depois, teve acesso ao 9º andar do pr�dio. Na �rea, ficava uma caixa de condensadores de aparelhos de ar-condicionado sem tela de prote��o.
Em imagens de c�meras de seguran�a do pr�dio obtidas pela TV Globo, � poss�vel ver a patroa falar com a crian�a e, por fim, permitir que o menino entre sozinho no elevador. Conforme a grava��o, ela chega a aproximar a m�o do bot�o do elevador onde ficam os andares mais altos do pr�dio, antes que a porta se feche. "A gente observa que ela (a patroa) aperta um outro andar superior ao apartamento em que residia e a crian�a acaba, de forma inesperada pela investiga��o, a ficar s� no elevador. Ela sobe, para no primeiro andar e depois, ao abrir a porta do 9º andar, desembarca", disse o delegado da Delegacia Seccional de Santo Amaro, Ramon Teixeira.
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Ontem, a empregada dom�stica Mirtes Renata Souza, m�e de Miguel, declarou � TV Globo que era funcion�ria do prefeito de Tamandar� (PE), S�rgio Hacker (PSB), e da mulher dele, Sari Corte Real, que teria sido a respons�vel por cuidar de Miguel enquanto a m�e passeava com o cachorro. A informa��o n�o foi confirmada pela Pol�cia Civil nem pela prefeitura de Tamandar�.
"Ela confiava os filhos dela a mim e a minha m�e. No momento em que confiei meu filho a ela, infelizmente ela n�o teve paci�ncia para cuidar, para tirar (do elevador). Eu sei, n�o nego para ningu�m: meu filho era uma crian�a um pouco teimosa, queria ser dono de si e tudo mais. Mas assim, � crian�a. Era crian�a", disse a m�e do garoto. O delegado afirma que a morte, em decorr�ncia da queda, foi acidental. "O que restava identificar era a responsabilidade de algu�m pelo fato de aquela crian�a ter ficado s�."
"Sendo a morte resultado de um homic�dio culposo, um crime para o qual a nossa legisla��o confere o arbitramento de fian�a, � um direito subjetivo da pessoa autuada, pelo menos juridicamente falando, e o arbitramento da fian�a no valor de R$ 20 mil, quando pago, nos fez conceder a liberdade provis�ria", concluiu o delegado.
Protesto
Inconformada com o andamento da investiga��o, Amanda Kathllen da Costa, sobrinha de Mirtes Renata, est� organizando um protesto para cobrar justi�a pelo caso. A manifesta��o est� marcada para hoje �s 15 horas, em frente ao edif�cio. "Disseram que foi acidente, a gente estranhou o fato de n�o ter as imagens (de c�meras do elevador), s� mostraram Miguel saindo do elevador. Depois, veio a imagem da patroa que colocou ele sozinho no elevador, porque Miguel aperreou querendo a m�e dele. Ela apertou o (bot�o do) elevador, deixou sozinho e aconteceu essa fatalidade", diz Amanda. "Imagina se fosse minha tia fazendo o contr�rio." Amanda confirmou que Mirtes trabalhava para S�rgio Hacker e Sari Corte Real.