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Estado de Minas CONCORR�NCIA

Justi�a suspende venda de sab�o em p� que promete 'eliminar v�rus'

Ao acatar a��o impetrada por marca concorrente, juiz de S�o Paulo afirma que n�o existe comprova��o cient�fica do fato


postado em 13/06/2020 12:19 / atualizado em 13/06/2020 13:01

Mensagem na embalagem barrada pela Justiça de São Paulo em lote do sabão em pó Tixan-Ypê (foto: Divulgação)
Mensagem na embalagem barrada pela Justi�a de S�o Paulo em lote do sab�o em p� Tixan-Yp� (foto: Divulga��o)
A 2ª Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados � Arbitragem determinou nesta quinta-feira, 11, que a Qu�mica Amparo Ltda, fabricante do sab�o em p� Tixan-Yp�, suspenda a comercializa��o do produto e recolha das lojas as unidades que est�o no mercado, por dar a entender que o mesmo teria efic�cia contra o novo coronav�rus. De acordo com a decis�o da Justi�a de S�o Paulo, n�o existe comprova��o cient�fica do fato.

A a��o foi movida pela Unilever, fabricante da marca Omo, que alegou concorr�ncia desleal pois a publicidade rival teria a capacidade de alardear os consumidores, e tamb�m iria de encontro �s recomenda��es da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). A embalagem do produto em quest�o possui uma arte chamativa com um texto dizendo que o sab�o "combate e mata o v�rus".

"Toda e qualquer pessoa, menos ou mais esclarecida, exceto um especialista em v�rus, ao avistar a embalagem nas g�ndolas dos supermercados, imediatamente far� associa��o da propaganda ao combate do coronav�rus. N�o vejo como n�o vincular a figura de um v�rus e a express�o ‘o v�rus’ a outra coisa que n�o seja o coronav�rus SARS-CoV-2", destacou no processo a ju�za Renata Mota Maciel.

"A publicidade veiculada pela requerida, ao menos em tese, tem potencial de causar preju�zo aos concorrentes e, o que � ainda mais s�rio, pode induzir o consumidor a acreditar que o lava-roupas apresenta especialidade que n�o est� demonstrada, ao menos at� o momento, quando comparado aos demais produtos da mesma natureza", completou a magistrada.

Apesar de a fabricante alegar que se refere a outros v�rus e n�o especificamente ao que pode causar covid-19, a empresa est� proibida de realizar novas campanhas publicit�rias que fa�am alus�o ao tema, sob multa di�ria no valor de R$ 50 mil para cada tipo de descumprimento. A decis�o ainda cabe recurso.

Procurada pela reportagem, a Qu�mica Amparo se manifestou sobre o caso por meio de uma nota oficial. Leia abaixo o posicionamento na �ntegra:

"A Qu�mica Amparo informa que far� a troca de algumas embalagens espec�ficas do Lava Roupas Tixan em p� � venda nos supermercados, referentes a poucos lotes produzidos nos �ltimos dias.

A empresa esclarece que realiza a troca dessas embalagens em respeito a decis�es da Justi�a e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e n�o tem qualquer rela��o com a qualidade e finalidade do produto, sendo apenas motivada pelo ajuste na mensagem que consta nas mesmas.

O m�rito da a��o ainda ser� julgado, mas em respeito a seus clientes, a empresa resolveu atender de imediato a decis�o liminar, que conta com o prazo legal de cinco dias.

A Qu�mica Amparo vai recorrer da decis�o e tem prestado todos os esclarecimentos necess�rios e solicitados no processo. Reitera que toda e qualquer comunica��o nas embalagens do Tixan tem reconhecimento cient�fico desde seu lan�amento, pela Anvisa - �rg�o regulador dessa categoria do produto."


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