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Estado de Minas PARCERIA ENTRE OXFORD E FIOCRUZ

COVID-19: conhe�a detalhes da vacina inglesa que j� est� sendo testada no Brasil

Fiocruz vai adquirir a tecnologia e os insumos para a produ��o da vacina, que � testada tamb�m na Gr�-Bretanha e na �frica do Sul


postado em 29/06/2020 20:08 / atualizado em 29/06/2020 22:25

Em live no Youtube, Embaixador Britânico no Brasil, Vijay Rangarajan, e os médicos da Astrazeneca Brasil, Maria Augusta Bernardini e Jorge Mazzei, deram detalhes da pesquisa(foto: Youtube/Reprodução)
Em live no Youtube, Embaixador Brit�nico no Brasil, Vijay Rangarajan, e os m�dicos da Astrazeneca Brasil, Maria Augusta Bernardini e Jorge Mazzei, deram detalhes da pesquisa (foto: Youtube/Reprodu��o)
A informa��o de que o governo brasileiro e a empresa farmac�utica brit�nica AstraZeneca fizeram uma parceria para o desenvolvimento e a produ��o de uma vacina contra o novo coronav�rus gerou grande interesse na popula��o. Criada nos laborat�rios da Universidade de Oxford, na Inglaterra, a vacina j� est� sendo testada pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde o dia 22 de junho em profissionais da sa�de da cidade de S�o Paulo. Em uma live nesta segunda-feira (29), o Embaixador Brit�nico no Brasil, Vijay Rangarajan, e os m�dicos da Astrazeneca Brasil, Maria Augusta Bernardini e Jorge Mazzei, deram detalhes da pesquisa.

Segundo o acordo de 127 milh�es de d�lares, a Fiocruz vai adquirir a tecnologia e os insumos para a produ��o da vacina, que � testada tamb�m na Gr�-Bretanha e na �frica do Sul.

A Fiocruz anunciou que poder� produzir a vacina contra o coronav�rus a partir de dezembro.

A iniciativa j� est� na fase 3 dos estudos cl�nicos, �ltima fase de testes em humanos para apontar seguran�a e efic�cia. Estudos preliminares das fases 1 e 2 demostraram que ela apresenta respostas imunol�gicas promissoras.

A Fiocruz determinou um cronograma at� a vacina ser bem produzida. A previs�o � de um primeiro lote, com 15,2 milh�es de doses, fique pronto ainda em dezembro. Um novo lote, com as 15,2 milh�es de doses restantes, estar� � disposi��o em janeiro de 2021. Elas seriam testadas em um determinado grupo de pessoas.

Ainda seriam necess�rias as etapas de registro e valida��o, antes de uma poss�vel distribui��o. Ser�o priorizados profissionais da sa�de e pessoas dos grupos de risco, como idosos e portadores de doen�as cr�nicas.

De acordo com os m�dicos Maria Augusta Bernardini e Jorge Mazzei, a estrat�gia usada nessa vacina � a de um vetor viral n�o replicante. Ou seja, os pesquisadores usam um v�rus diferente do coronav�rus como uma forma de “enganar” o sistema. Nesse caso, � utilizado um adenov�rus, que � geneticamente modificado para ser fraco e incapaz de se replicar no corpo humano. Ap�s inserirem este v�rus, uma parte do coronav�rus tamb�m � modificada. 

Quando a vacina � inserida no corpo, o sistema imunol�gico promove uma resposta, escondida dentro do vetor, e produz anticorpos e c�lulas de defesa.

Os m�dicos explicaram a escolha do Brasil como pa�s de testagem. “No �nicio, o Brasil era relevante por conta da capacidade t�cnica para pesquisas cl�nicas, o pa�s tem grandes profissionais. Outro motivo � a postura das grandes entidades, como por exemplo a Anvisa, que vem fazendo um �timo trabalho. O terceiro ponto, infelizmente, � por ser um pa�s de grande foco, o que faz do Brasil um bom lugar para se testar a vacina. Afinal de contas, por ter o v�rus circulando, a vacina pode ser testada mais facilmente”, respondeu a m�dica Maria Augusta Bernardini.

Os m�dicos tamb�m ressaltaram que no Reino Unido, principalmente em Oxford, existem muitos pesquisadores brasileiros influentes. “O que fortalece a imagem do Brasil.”

Vantagens da vacina de Oxford

Segundo Maria Augusta Bernardini, a vacina de Oxford tem vantagem sobre outras em desenvolvimento no mundo pois, al�m de usar uma plataforma j� conhecida e testada em v�rus como Mers e Ebola, funcionaria com uma dose �nica. “Estamos desenvolvendo uma vacina em dose �nica. � um diferencial. […] Outro diferencial que temos � que sabemos que potencial da gera��o de anticorpos � muito forte, muito positivo”.

Testagem

Durante a fase de testagem, os pacientes s�o divididos em dois grupos: metade toma a vacina e a outra metade recebe o placebo ou outra vacina que n�o protege. Ningu�m sabe o que tomou. Os grupos s�o sorteados e equilibrados. Ap�s receberem a vacina, voltam para casa e continuam a rotina sendo acompanhados durante um dado tempo. A previs�o � que as pesquisas durem at� dezembro deste ano.

“Apoiamos toda a pesquisa e tentaremos que ela seja feita e produzida aqui no Brasil. O desafio � uma distribui��o eficaz. Vale relembrar que cada pa�s tem uma estrat�gia para combater o coronav�rus e o mais importante a se fazer � investir em vacinas. No Reino Unido, estamos priorizando idosos e profissionais da sa�de, mas isso n�o � uma regra, � diferente em cada pa�s. Cada um tem o foco de testagem diferente”, explica o Embaixador Brit�nico no Brasil, Vijay Rangarajan.

Distribui��o

Durante a transmiss�o, os m�dicos e o embaixador exaltaram todo momento o trabalho feito pela Anvisa. De acordo com eles, a vacina s� est� sendo testada no pa�s pelo bom trabalho da institui��o. “Eles montaram um gabinete de guerra”, afirmou Jorge Mazzei. 

De acordo com o m�dico, j� existe uma conversa sobre a aprova��o da vacina no pa�s caso a testagem corra bem. Ele categoriza isso como fundamental no combate � COVID-19.

Para come�ar a distribui��o o mais rapidamente poss�vel, a ideia da Oxford � montar um dossi� de registros e apresent�-los para as autoridades regulat�rias do Reino Unido at� o m�s de dezembro. Se aprovada, a vacina��o come�ar� ser feita em car�ter emergencial. 

Aplica��o

A vacina ser� aplicada no bra�o dos pacientes. A m�dica Maria Augusta Bernardini explica que ainda n�o � poss�vel exemplificar o tempo de prote��o. “Isso � um dado que precisa ser avaliado durante o ano. Acreditamos que ele possa ser mantido por longo prazo, mas � uma quest�o ainda em aberto”.

Ao falarem sobre efeitos colaterais, os m�dicos explicaram que, at� o momento, 10% dos volunt�rios tiveram os efeitos normais esperados entre as vacinas. Isso �: dor, vermelhid�o e febre.

Desafio

No final da transmiss�o, o embaixador Vijay Rangarajan relembrou que o desafio do Brasil � equivalente aos dos outros pa�ses. “Precisamos controlar o v�rus para n�o deixar ele circular, para n�o existir uma segunda onda. Temos que pensar que � primordial ter uma vacina para o ser humano. O desafio do Brasil tamb�m est� imposto em v�rios lugares do mundo. � um tempo de guerra e para isso � preciso colocar todos os esfor�os no �xito em menor tempo”, explicou.


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