
“N�s queremos gerar uma expectativa correta para a popula��o. N�s n�o vamos acabar com o coronav�rus com uma vacina. Qualquer uma que seja a vacina. O coronav�rus veio e veio para ficar. Ele vai nos acompanhar. Durante todo o tempo de nossas vidas, n�s teremos coronav�rus circulando”, disse hoje (2), em um debate virtual promovido pela Ag�ncia Fapesp e o Canal Butantan.
De acordo com o diretor, as vacinas que est�o em desenvolvimento no mundo pretendem controlar a covid-19, a doen�a causada pelo novo coronav�rus. O pesquisador faz uma analogia entre a covid-19 (causada pelo coronav�rus), e a gripe, causada pelo v�rus influenza.
Pessoas vacinadas contra o v�rus influenza podem chegar a desenvolver a gripe, mas, na maioria das vezes, a doen�a n�o se desenvolve de forma grave, que poderia levar � morte. Segundo ele, o mesmo dever� ocorrer com as vacinas contra o novo coronav�rus. Elas ser�o pouco eficientes em impedir a infec��o das pessoas com o novo coronav�rus, mas dever�o proteger as pessoas de desenvolver a covid-19 em sua forma grave.
“O v�rus influenza n�o desapareceu e segue conosco. Seguir�, talvez, durante toda a nossa vida. Mas a gente tem uma doen�a [a gripe] control�vel. A maior parte das pessoas vacinadas consegue controlar a doen�a. Se chegar a se infectar, n�o ter� uma doen�a grave, n�o morrer� dessa doen�a”, explicou.
Segundo Palacios, o objetivo de todas as vacina � proteger contra a doen�a e n�o contra a infec��o. “Proteger contra a infec��o � uma coisa a mais que, eventualmente, pode acontecer e at� pode acontecer por um tempo limitado”, disse.
O Instituto Butantan, na capital paulista, � um dos centros do mundo que participa das pesquisas de constru��o de uma vacina contra o novo coronav�rus. O instituto firmou uma parceria, no dia 10, com o laborat�rio chin�s Sinovac Biotech, que possuiu uma vacina em fase avan�ada de desenvolvimento, a Coronavac – que utiliza o coronav�rus inativado para estimular uma resposta imunol�gica do organismo.