
Grupo ignora isolamento social e � flagrado fazendo sexo no Lago Parano� https://t.co/wjBkaLeEKw pic.twitter.com/gGwNBRUTWY
— Correio Braziliense (@correio) July 2, 2020
Ap�s a repercuss�o do flagrante do grupo praticando sexo ao ar livre, em um barco, passou a circular nas redes sociais mais um v�deo do caso. As imagens mostram o ato sexual expl�cito com uma das mulheres que teve uma foto enviada em grupos de WhatsApp. No v�deo, aparecem dois homens, que ainda n�o foram identificados.
O Estado de Minas n�o publicar� o v�deo, pois a exposi��o de material pornogr�fico sem o consentimento configura crime de vazamento de nudez, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Lei nº 13.718/18. Inclusive, agentes da 10ª Delegacia de Pol�cia (Lago Sul) v�o apurar quem s�o os respons�veis por liberar os v�deos e as imagens da v�tima. Eles ser�o autuados pelo delito.
Al�m disso, todos os envolvidos no sexo grupal responder�o por ato obsceno. De acordo com o artigo 233 do C�digo Penal Brasileiro, configura-se crime praticar sexo ao ar livre ou em local p�blico. A pena � deten��o de tr�s meses a um ano ou multa.
Crimes contra a honra
A Pol�cia Civil, por meio das 19ª DP (Setor P Norte — Ceil�ndia) e da 20ª DP (Gama), tamb�m investiga os casos de ao menos oito pessoas que tiveram as imagens associadas ao grupo que praticou a suruba na embarca��o no Lago Parano�. Os envolvidos na divulga��o podem responder no �mbito dos crimes contra a honra.
O Correio Braziliense conversou com duas das v�timas que tiveram fotos e perfis nas redes sociais relacionados aos v�deos do sexo grupal. A primeira � uma mulher, que denunciou o caso na quinta-feira (2/7), no Gama, ap�s receber in�meras solicita��es de novos seguidores no Instagram e mensagens constrangedoras.
“No come�o, fiquei sem entender o que ocorreu para ter tantas solicita��es de novos seguidores. Depois, pessoas que me conhecem come�aram a mandar prints de um grupo, com a minha imagem associada. Fiquei completamente desesperada, porque a situa��o tomou uma propor��o muito grande. Sai do trabalho (ontem) e fui diretamente para a pol�cia resolver”, contou, sob condi��o de anonimato.
Um dos homens que procurou a 19ª DP esclareceu que realizou uma confraterniza��o com amigos em uma embarca��o, no Lago Parano�, em 1º de julho, mas que n�o teve nenhum envolvimento com o sexo grupal flagrado na �rea. “Fizeram a jun��o de imagens da verdadeira embarca��o com as fotos que as meninas publicaram no WhatsApp e foram roubadas. Por causa disso, elas est�o sofrendo muito, at� por parte da fam�lia mesmo. � uma situa��o extremamente constrangedora, pois somos v�timas de uma fake news. Certamente o dia que estivemos no Lago sequer deve ter sido quando ocorreu a suruba com o verdadeiro grupo”, disse.
Segundo o delegado-adjunto S�rgio Bautzer, os denunciantes s�o “v�timas de um crime contra a honra". "Ao terem as imagens relacionadas ao 'barco do amor’, as v�timas passaram a ser incomodadas e constrangidas. Sendo que as mulheres s�o as mais afetadas, at� psicologicamente, com toda a situa��o. Fizeram uma sobreposi��o de imagens com as fotos dos status das v�timas. Assim, criaram a hist�ria que se tratariam dessas pessoas. A situa��o tomou uma propor��o muito grande, acabando com a vida delas. Por isso, acreditamos que se trate de uma vingan�a.”