
A suspeita � que o jovem esteja envolvido em um grupo ilegal de pesquisas e estudos de animais ex�ticos. Por criar a cobra naja em casa — o que � proibido por lei — o jovem foi multado em R$ 2 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama). Ele teria sido atacado pela serpente na pr�pria resid�ncia, no Guar� 2.
Nesta quinta-feira, o Batalh�o de Pol�cia Militar Ambiental (BPMA) apreendeu 16 cobras em uma ch�cara no n�cleo rural Taquara, em Planaltina, sendo 10 delas ex�ticas, isto �, vindas do exterior, e seis nativas do Brasil.
A suspeita � de que a naja tenha sa�do do mesmo local. Segundo informa��es da Pol�cia Militar, uma den�ncia an�nima ajudou a encontrar o local.
Todas as cobras estavam em caixas individuais, escondidas em uma baia de cavalo. As serpentes foram levadas para a 14ª Delegacia de Pol�cia (Gama), unidade que conduz as investiga��es, e, de l�, para o Zool�gico de Bras�lia. Durante as apreens�es, a equipe do BPMA encontrou duas caixas vazias.
A suspeita � de que, em uma delas, haveria outra cobra de esp�cie naja, segundo informou o propriet�rio da ch�cara, que tamb�m � estudante de medicina veterin�ria e amigo de Pedro. Aos policiais, o homem informou que outro colega deles estava com as cobras e as levou para a ch�cara.
“S�o v�rias esp�cies muito bonitas, e que n�o s�o nativas da fauna brasileira. Isso nos preocupa, porque est� havendo algum tipo de contrabando, tanto internamente, vindas do Amazonas, como externamente, de outros pa�ses para c�”, declarou o major Elias Costa.
A suspeita � de que, em uma delas, haveria outra cobra de esp�cie naja, segundo informou o propriet�rio da ch�cara, que tamb�m � estudante de medicina veterin�ria e amigo de Pedro. Aos policiais, o homem informou que outro colega deles estava com as cobras e as levou para a ch�cara.
“S�o v�rias esp�cies muito bonitas, e que n�o s�o nativas da fauna brasileira. Isso nos preocupa, porque est� havendo algum tipo de contrabando, tanto internamente, vindas do Amazonas, como externamente, de outros pa�ses para c�”, declarou o major Elias Costa.
O analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio) Marco Freitas compareceu � delegacia para identificar as 16 esp�cies encontradas. Dez delas s�o norte-americanas, que fazem parte do grupo pinheiro e milho, e seis s�o nativas do Brasil (tr�s jiboias, duas periquitamboia e uma cascavel). “Basicamente, o maior problema da esp�cie ex�tica � que n�o h� predadores naturais. Ent�o, a consequ�ncia delas estarem em solo brasileiro � extinguir as esp�cies nativas, por preda��o ou competi��o”, destacou.
Segundo Ricardo Bispo Farias, delegado-adjunto da 14° DP, colegas de Pedro, que tamb�m s�o estudantes de medicina veterin�ria, prestaram depoimento. “S�o pessoas que, de acordo com o relato, se identificam em buscar a estudar esses animais. Nesse grupo, inclusive, haveria at� um presidente, mas que o propriet�rio das serpentes seria o Pedro. A partir da�, surgem diversas quest�es, como o envolvimento de jovens na cria��o e coloca��o de animais ex�ticos em experimentos e pesquisas n�o autorizadas”, frisou.
A pol�cia investigar�, ainda, se h� a participa��o ou apoio da institui��o de ensino onde Pedro estudava, nas supostas pesquisas. O delegado ressaltou que uma das testemunhas relatou acreditar no esquema de venda de animais ex�ticos.
“Precisamos saber quem retornou com essas cobras, se estavam na resid�ncia do jovem, quem teria colocado as serpentes na ch�cara. Tudo isso ser� investigado”, disse.
“Precisamos saber quem retornou com essas cobras, se estavam na resid�ncia do jovem, quem teria colocado as serpentes na ch�cara. Tudo isso ser� investigado”, disse.
Al�m disso, a apura��o segue para saber a proced�ncia dos animais. “Vamos investigar se essas cobras foram introduzidas por traficante de animais ou se h� algum criador clandestino instalado”, pontuou.
Contradi��es
Algumas quest�es ainda precisam ser esclarecidas. A informa��o inicial � de que Pedro Henrique teria sido picado em casa, no Guar� 2. O veneno da naja, da esp�cie kaouthia, � capaz de matar um ser humano em 60 minutos. Mesmo assim, o jovem foi levado ao Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, a cerca de 40 minutos de onde ele mora.
No entanto, a pol�cia ainda n�o conseguiu confirmar o local de ataque. Segundo o delegado, ap�s a repercuss�o do caso, um colega do jovem teria ido at� a ch�cara, em Planaltina, na mesma noite do ataque, buscar a cobra. Em seguida, ele teria largado o animal nas proximidades do shopping Pier 21 e acionado a pol�cia.
Na deixa, os demais colegas esconderam as outras serpentes na baia de cavalo, na ch�cara em Planaltina. A pol�cia desconfia da vers�o dos amigos. “Durante as dilig�ncias, tivemos uma certa dificuldade em localizar o animal, porque houve dificuldades em obter informa��es, tanto com a fam�lia quanto com os amigos”, destacou o investigador.
Na deixa, os demais colegas esconderam as outras serpentes na baia de cavalo, na ch�cara em Planaltina. A pol�cia desconfia da vers�o dos amigos. “Durante as dilig�ncias, tivemos uma certa dificuldade em localizar o animal, porque houve dificuldades em obter informa��es, tanto com a fam�lia quanto com os amigos”, destacou o investigador.
O que diz a lei
A legisla��o brasileira permite a cria��o de serpentes como animais
de estima��o, contanto que n�o sejam pe�onhentas. Cobras
do tipo s� podem ser criadas para fins comerciais, no caso de
institui��es farmac�uticas, ou com intuito de conserva��o, ou
seja, quando o animal n�o pode voltar � natureza.
Para isso, o interessado deve solicitar autoriza��o ao �rg�o ambiental estadual (no Distrito Federal, o Instituto Bras�lia Ambiental) e seguir regras para a cria��o, como mant�la em local apropriado. Tamb�m
Para isso, o interessado deve solicitar autoriza��o ao �rg�o ambiental estadual (no Distrito Federal, o Instituto Bras�lia Ambiental) e seguir regras para a cria��o, como mant�la em local apropriado. Tamb�m
� proibido criar, manter e alojar animais selvagens da fauna
ex�tica (n�o natural do cerrado) no DF, salvo exce��es previstas
em lei.
Em 2002, o Ibama proibiu novas autoriza��es para criadouros comerciais de r�pteis, anf�bios e invertebrados, com objetivo de produzir animais de estima��o. A decis�o baseou-se nos riscos de intoxica��o e ferimentos, bem como abandono e fuga de bichos.
Em 2002, o Ibama proibiu novas autoriza��es para criadouros comerciais de r�pteis, anf�bios e invertebrados, com objetivo de produzir animais de estima��o. A decis�o baseou-se nos riscos de intoxica��o e ferimentos, bem como abandono e fuga de bichos.