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Estado de Minas DESIGUALDADE

Cart�rios registram aumento de 62,5% das mortes de pretos no pa�s durante pandemia

Nos casos de coronav�rus, doen�as respirat�rias e card�acas, popula��o preta � mais atingida que a branca


postado em 13/07/2020 18:37 / atualizado em 13/07/2020 19:11

Cartórios brasileiros registram aumento de mortes no período da pandemia. População negra foi a mais atingida.(foto: Douglas Lopes/Maré Foto)
Cart�rios brasileiros registram aumento de mortes no per�odo da pandemia. Popula��o negra foi a mais atingida. (foto: Douglas Lopes/Mar� Foto)
O n�mero de morte da popula��o preta registrou um aumento de 31,1% e os pardos com 31,4% durante a pandemia do novo coronav�rus. Esse dado � do novo m�dulo do Portal da Transpar�ncia da Associa��o Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que re�ne registros de �bitos feitos pelos cart�rios brasileiros. Logo em seguida, aparecem os ind�genas, com 13,2%, e amarelos, 15,3%. O menor crescimento registrado foi entre a popula��o branca, com 9,3%.

Na m�dia geral do pa�s, o aumento de �bitos no per�odo da pandemia � de 13%. Isso significa quase 400 mil mortes no per�odo (por diversas causas), sendo cerca de 181 mil brancos, 121 mil pardos e mais de 25 mil pretos. Ind�genas representam 701 falecimentos e amarelos quase 4 mil. Outros 56 mil n�o possuem ra�a/cor declarada.

Em rela��o ao coronav�rus, o portal registra 46,6% de �bitos entre negros (38,4% pardos e 8,2% pretos). Enquanto brancos representam 44,4%, ind�genas 0,24% e amarelos 1,5%. Outros 7,2% constam como ra�a/cor ignorada.

Doen�as Respirat�rias

COVID-19, insufici�ncia respirat�ria, pneumonia, septicemia e S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) tiveram aumento de 34,5% no n�mero de �bitos em rela��o ao mesmo per�odo de 2019. Entre a popula��o parda, mais uma vez a mais atingida, houve crescimento de 72,8% dos �bitos. Em seguida, v�m os pretos, com 70,2%. Os ind�genas tiveram aumento de 45,5% e amarelos de 40%. Mais uma vez, os brancos ficaram com a menor eleva��o na compara��o, com alta de 24,5%. 

Doen�as Card�acas

Infarto, demais doen�as cardiol�gicas (morte s�bita, parada cardiorrespirat�ria e choque cardiog�nico) registraram alta m�dia de 0,7% no per�odo. Entre pretos, o n�mero foi 13,7% maior, 8,4% maior entre pardos e 2,2% maior entre ind�genas. J� as popula��es branca e amarela tiveram redu��o no n�mero de �bitos por essas raz�es (0,5% menos entre brancos e 0,3% entre amarelos). 

Esses registros de �bitos feitos pelos cart�rios brasileiros est�o na p�gina “Especial COVID”, do Portal da Transpar�ncia. As informa��es s�o retiradas da Declara��o de �bitos (DOs), emitidas pelos m�dicos no ato de falecimento. 

Minas Gerais

Em Minas Gerais, depois da reformula��o no formato de apresenta��o do boletim epidemiol�gico da Secretaria de Estado de Sa�de, foi poss�vel perceber as desigualdades sociais de ra�a/cor. Os pretos e pardos s�o os mais atingidos pela COVID-19 em n�mero de infec��es e mortes pela doen�a. 

De acordo com o boletim epidemiol�gico desta segunda-feira (13), dos casos confirmados de coronav�rus, 26% s�o negros (23% pardos e 3% pretos). Em seguida tem a popula��o branca, com 22%, e amarela, com 6%.  J� no n�mero de �bitos pela doen�a, os negros somam 44% (35% pardos e 9% pretos). J� os brancos representam 35% amarelos, 1%.

Um levantamento feito pela secretaria revela que a letalidade do coronav�rus � 119% maior entre as pessoas com menos de 60 anos declaradas pretas em rela��o �s brancas na mesma faixa et�ria no estado. Comparando pessoas pretas e brancas de todas as idades, o risco de morte para os pretos � 46% maior do que para os brancos.

*Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a


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