
O ex-ministro criticou a interfer�ncia do presidente Jair Bolsonaro em a��es da Sa�de. "N�s v�amos sistematicamente a antici�ncia se propagar", disse. Ele afirmou ainda que a Sa�de perdeu a credibilidade ap�s o governo federal tentar alterar a forma de divulga��o de dados sobre a doen�a. "Voc� ter segredos � o caminho mais r�pido para a trag�dia. Primeira coisas que (os militares) fizeram foi n�o mais mostrar os dados �s cinco da tarde. O Minist�rio da Sa�de perdeu a credibilidade", disse.
As declara��es foram dadas em debate da revista Isto�, transmitido pela internet, no s�bado, 11. No mesmo evento, Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o Ex�rcito est� se associando a um "genoc�dio". "Isso � p�ssimo para a imagem das For�as Armadas. � preciso dizer isso de maneira muito clara: o Ex�rcito est� se associando a esse genoc�dio, n�o � razo�vel. � preciso p�r fim a isso", disse Mendes. Por causa desta fala, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, anunciou nesta segunda-feira, 13, que vai encaminhar uma representa��o � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra Gilmar.
Mandetta afirmou ainda que Bolsonaro desvia o foco da omiss�o do governo federal na pandemia ao estimular o debate sobre uso da cloroquina, medicamentos sem efic�cia comprovada contra a covid-19. "Quando ele lan�a a cloroquina, faz as pessoas ficarem nessa discuss�o, para esquecer a discuss�o verdadeira. Faz a massa n�o debater o verdadeiro problema: aus�ncia total de pol�tica do governo federal."
Por diverg�ncias com o presidente, Mandetta foi demitido em 16 de abril. O oncologista Nelson Teich, seu sucessor, pediu para deixar o governo em 15 de maio. Desde ent�o a Sa�de est� sob comando interino de Pazuello.
"O Presidente da Rep�blica nunca deixou de saber quais eram os cen�rios reais (da pandemia). N�o foi por desconhecimento. Foi por op��o de n�o seguir orienta��es do Minist�rio da Sa�de e seguir uma assessoria que ele achava mais pertinente, mais conveniente", afirmou Mandetta.