
"Essa transfer�ncia da Lubia para o BIG, esse setor novo de grande import�ncia, aconteceu em um momento que chamou a aten��o de todo mundo (...), menos eu que n�o tinha prestado aten��o no que tinha acontecido, vamos dizer assim", disse com um sorrisinho constrangido.
"Aconteceu num momento que tinha todos esses alertas, tal, tal. O pessoal achou que tinha a ver uma coisa com a outra. N�o tem. S� para refor�ar, ela n�o foi demitida, o time do Deter, Prodes continua o mesmo", disse. O ministro afirmou ainda n�o "tem d�vida sobre esses n�meros serem corretos e sobre a (necessidade) de transpar�ncia" das informa��es.
O desmatamento da Amaz�nia e a press�o que o governo vem sofrendo de investidores estrangeiros e locais est�o com destaque no notici�rio desde o fim de junho. Uma das justificativas do vice-presidente Hamilton Mour�o, que coordena os esfor�os do chamado Conselho da Amaz�nia, foi alegar que "os nossos mecanismos de monitoramento s�o p�ssimos". Pontes n�o se manifestou sobre isso.
O ministro, acompanhado de Darcton Dami�o, que est� interinamente no cargo de diretor do Inpe desde a sa�da de Galv�o, se esfor�ou para dizer que o trabalho vem sendo aprimorado. E disse que gostaria que o an�ncio desta ter�a-feira fosse interpretado como uma mostra do quanto o Inpe tem feito para melhorar a qualidade de dados do desmatamento. "E vai melhorar ainda mais. � um fato positivo para mostrar para as pessoas", afirmou.
Ele apresentou um projeto que est� em vigor desde fevereiro, o Deter Intenso, mas que ainda n�o tinha sido divulgado; e um novo sat�lite, o Amaz�nia 1, que deve entrar em opera��o no ano que vem.
De acordo com Dami�o, o Deter Intenso � um aprimoramento do Deter, sistema que fornece alertas r�pidos de desmatamento para orientar a fiscaliza��o em campo. At� meados do ano, o sat�lite com o qual o Inpe trabalhava revisitava uma mesma �rea em m�dia a cada cinco dias - � o tempo que eles levam para olhar novamente para uma mesma regi�o.
Com a entrada em opera��o de um novo sat�lite, o Cbers-4A, agora dois instrumentos circulam o planeta, fornecendo novas imagens a cada tr�s dias em m�dia, o que j� permite um monitoramento cont�nuo da vegeta��o.
Mas havia uma demanda da fiscaliza��o de que, al�m de uma frequ�ncia maior de de dados, eles tamb�m fossem mais precisa. A ideia, diz Dami�o, foi focar as regi�es onde o sat�lite voltaria a olhar. Apesar de o monitoramento ter como objetivo compreender toda a Amaz�nia, h� �reas com pouca atividade e �reas com desmatamento em grande quantidade.
"Como aumentar a frequ�ncia de monitoramento para toda a Amaz�nia seria imposs�vel, pegamos as �reas de alta taxa de desmatamento. Delimitamos quatro �reas de m�ximo interesse com o Ibama e colocamos mais imagens", diz.
O Deter Intenso traz imagens do Cbers-4A com um n�vel de resolu��o de at� 2 metros e combina essas informa��es com dados de radar, capazes de "ver" atrav�s das nuvens, uma limita��o dos dados �pticos dos sat�lites.
Segundo ele, a capacidade agora � de revisitar os "hotspots" de desmatamento uma vez por dia, liberando relat�rios di�rios das �reas mais cr�ticas.