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Estado de Minas LES�ES E SEQUELAS

Estudo da Unicamp avalia impactos neurol�gicos da COVID-19 a longo prazo

Na �ltima ter�a-feira, o jornalista Rodrigo Rodrigues morreu ap�s apresentar trombose venosa cerebral (TVC) decorrente da COVID-19


30/07/2020 15:37 - atualizado 30/07/2020 16:54

Objetivo dos estudos é ajudar na prevenção desses problemas, tanto os imediatos quanto os tardios(foto: Vitória McNamee/AFP)
Objetivo dos estudos � ajudar na preven��o desses problemas, tanto os imediatos quanto os tardios (foto: Vit�ria McNamee/AFP)
O Laborat�rio de Neuroimagem do Hospital da Cl�nicas da Unicamp associado ao Instituto Brasileiro de Neuroci�ncia e Neurotecnologia (Brainn) realiza um estudo em pacientes de COVID-19 para avaliar o impacto da doen�a no sistema nervoso a longo prazo.

"� extremamente intrigante e n�o sabemos a raz�o pela qual o v�rus causa tantos problemas neurol�gicos. A via olfat�ria � uma poss�vel porta de entrada, mas n�o apenas ela justificaria os problemas", explicou Clarissa Lin Yasuda, neurologista da Unicamp e uma das autoras da pesquisa.

Por meio de resson�ncia magn�tica, ser�o avaliadas pessoas que tiveram altera��es neurol�gicas na fase aguda e apresentam sintomas ap�s a recupera��o, aquelas que tiveram poucas altera��es e assintom�ticos.

Na �ltima ter�a-feira, morreu o jornalista, apresentador esportivo, m�sico e escritor Rodrigo Rodrigues. Ap�s cerca de duas semanas com o diagn�stico positivo para a doen�a e de tr�s dias internado, ele sofreu uma trombose venosa cerebral (TVC) decorrente da COVID-19.

Rodrigues chegou a ser submetido a um procedimento cir�rgico para diminui��o da press�o intracraniana. Em nota oficial, o hospital informou que o paciente encontrava-se em estado grave e coma induzido, na UTI desde o domingo, e que na manh� de ter�a-feira, ap�s a realiza��o de protocolo de avalia��o, foi atestada a sua morte encef�lica.

A Unicamp e o Brainn j� t�m um projeto para identificar fatores de risco para complica��es neurol�gicas em pessoas que adoeceram por conta do novo coronav�rus. O objetivo � ajudar na preven��o desses problemas, tanto os imediatos quanto os tardios.

"No processamento de imagem conseguimos detectar altera��es cerebrais sutis. A hip�tese � que o v�rus poderia causar altera��es estruturais ou mesmo da fun��o cerebral, ou at� algum grau de atrofia", avaliou a neurologista.

Desde o in�cio da pandemia, pesquisadores tentam desvendar a a��o no corpo humano do Sars-CoV-2 que, apesar de ser um v�rus respirat�rio, ataca diversos �rg�os e pode levar � morte n�o somente pelo dano que causa ao pulm�o.

Publica��es recentes nas revistas cient�ficas New England Journal of Medicine e Brain registram os sintomas neurol�gicos em pacientes com a doen�a, que variam de perda de olfato e formigamento � encefalite e acidente vascular cerebral (AVC).

Nenhum desses estudos conseguiu detectar a presen�a do v�rus no l�quor - l�quido presente no c�rebro e na medula espinhal. "Parece que os efeitos n�o ocorrem por a��o direta do v�rus e sim por mecanismos mais indiretos que fazem les�es no sistema nervoso", disse Clarissa.

O Servi�o Nacional de Sa�de do Reino Unido avalia que diversas sequelas f�sicas, cognitivas e psicol�gicas devem persistir em pacientes, principalmente as respirat�rias, se a COVID-19 seguir os padr�es da S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (Sars) e da S�ndrome Respirat�ria do Oriente M�dio (Mers).

O Sistema de Vigil�ncia Epidemiol�gica do Minist�rio da Sa�de aponta que 50% dos pacientes mais graves sobrevivem. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), a chance de sequelas aumenta em pacientes graves que tiveram perman�ncia prolongada em unidade de terapia intensiva (UTI) e necessidade de usar aparelhos respiradores. A recupera��o pode levar de tr�s a seis semanas ou mais.


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