
Ao contatar a Funer�ria Nacional para saber o que havia acontecido e porque os corpos foram trocados, outra revolta: a empresa, a princ�pio, insistiu que tratava-se da pessoa correta, que ela estaria apenas "inchada". Ap�s contesta��o da fam�lia, no entanto, a funer�ria admitiu que houve erro e decidiu verificar o ocorrido. Neste momento, a fam�lia descobriu que Arminda havia sido sepultada no dia anterior, no Campo da Esperan�a de Taguatinga, por outra fam�lia, �s 15h.
"Est� todo mundo revoltado. Eu queria chorar, queria dar o �ltimo adeus � minha m�e, fazer tudo com muito carinho. Mas n�o era nossa m�e que estava aqui. N�o foi nossa m�e que nos mostraram e insistiram que era", desabafa a filha.
A fam�lia que sepultou o corpo em Taguatinga acabou prosseguindo com o enterro ap�s a empresa insistir que era o corpo certo, como tentaram fazer com a fam�lia de dona Arminda.
"Ela falava muito que queria ser enterrada no Campo da Esperan�a perto do pai e da m�e. A gente fez a exuma��o do corpo da minha av� pela manh� porque minha m�e ia ser enterrada na campa da minha av�, ent�o tem que ir l�, fechar a campa de novo porque minha av� est� exposta. Teve todo esse contratempo, esse desespero e a funer�ria est� em uma lentid�o danada. A gente est� lidando com um descaso total", relata Mabi.
Procurada, a funer�ria Nacional afirmou que "desconhece" o assunto e bloqueou o contato da reportagem do Correio em seguida. Tentamos contato, tamb�m, por telefone e e-mail. Bruno Fagundes, irm�o de Mabi, ficou encarregado de prestar queixa sobre o ocorrido na 1ª Delegacia de Pol�cia, na Asa Sul, que investiga o caso. A fam�lia assinou um documento do cemit�rio certificando que o enterro n�o ocorreu por falta do corpo.
Em nota, o cemit�rio Campo da Esperan�a lamenta o ocorrido e afirma que executa o servi�o com base na documenta��o entregue pela funer�ria contratada pela fam�lia. Adiciona, ainda, que, neste caso, os documentos dos dois sepultamentos j� chegaram ao cemit�rio trocados e que a identifica��o dos corpos n�o � responsabilidade da concession�ria.
Arminda estava internada no Hospital Anchieta, em Taguatinga, h� um m�s. Apesar de ter sido diagnosticada com COVID-19, quando foi internada por pneumonia, j� estava testando negativo para o coronav�rus. No hospital, ela desenvolveu septicemia e faleceu na quarta-feira (12/8), � 1h, por insufici�ncia respirat�ria e parada card�aca. Ela deixa o marido, tr�s filhos, seis netos, quatro bisnetos e seis irm�os.